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Catalunha: sondagem antecipa derrota de Puigdemont

De acordo com uma sondagem publicada pelo diário La Vanguardia, a Esquerda Republicana da Catalunha está na liderança às eleições regionais de 21 de dezembro.
5 Novembro 2017, 18h00

Segundo a sondagem realizada pelo instituto GAD3 e divulgada este domingo pelo diário La Vanguardia, mais de 80% dos catalães tenciona ir votar e a ERC (Esquerda Republicana da Catalunha, de Oriol Junqueras) seria o partido vencedor, com mais de 29% dos votos.

Em segundo surgiria o Cidadãos, com cerca de 21%. Em terceiro lugar aparece o Partido Socialista da Catalunha e, em seguida, surge o PDeCAT (Partido Democrata Europeu Catalão), de Carles Puigdemont, com pouco mais de 10%, o que seria uma enorme queda face ao resultado de 2012.

O presidente catalão destituído Carles Puigdemont será o cabeça-de-lista do Partido Democrata Europeu Catalão (PDeCAT) às eleições regionais de 21 de dezembro, anunciou hoje a formação independentista.

“Queremos que o presidente Puigdemont conduza a onda eleitoral que alcançaremos no dia 21”, disse a coordenadora do partido, Marta Pascal, no final de uma reunião do conselho nacional do PDeCAT.

Os cinco governantes destituídos apresentaram-se hoje de manhã na esquadra no número 202 da Rue Royal acompanhados pelos seus advogados. O Ministério Público de Bruxelas aceitou o mandado europeu de detenção emitido por Espanha em nome de Puigdemont e dos outros quatro ex-ministros catalães que estão na Bélgica, pelo que os cinco governantes da Catalunha destituídos serão detidos e presentes a um juiz belga, avança a agência de notícias espanhola Efe, citando fontes das autoridades belgas.

Além de Carles Puigdemont, apresentaram-se às autoridades quatro ex-conselheiros da Generalitat (o governo catalão): Antoni Comín (responsável pela pasta da Saúde), Clara Ponsatí (Educação), Lluís Puig (Cultura) e Meritxell Serret (Agricultura). Os ex-conselheiros da Generalitat que permanecem na Bélgica, ao lado do ex-líder catalão que, na sexta-feira, numa entrevista à RTBF, tinham afirmado que colaborariam com as autoridades belgas, prometendo entregar-se, se necessário, à justiça daquele país, mas não à justiça espanhola.

De acordo com o correspondente da RTP em Bruxelas, Puigdemont pediu um julgamento em língua flamenga para que seja nomeado um juiz flamengo, zona da Bélgica onde há maior simpatia pela causa catalã.

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