O PS Madeira afirmou que irá apresentou um protesto formal, na República, se se confirmar que a TAP vai deixar de fazer voos para o Porto Santo durante o verão, sendo substituída pela Iberia.
Se o cenário se confirmar os socialistas madeirenses referem que vão avançar com um protesto formal junto do Governo da República e da companhia aérea, de modo a que se reverta de forma imediata a decisão que “lesa a Região Autónoma da Madeira e os milhares de porto-santenses que dependem do setor do turismo, e anseiam pela muito necessária retoma que lhes garanta algum fôlego financeiro no verão, aliviando as sérias dificuldades que a ilha atravessa por via da falta de turistas e constrangimentos de mobilidade”.
Os socialistas dizem não compreender como a companhia de bandeira nacional “toma a decisão de abandonar um destino turístico nacional de forma unilateral, não se empenhando em garantir a continuidade e consistência de uma ligação aérea essencial para a competitividade turística da ilha. É particularmente incompreensível que esta decisão se foque nos meses onde a procura é maior”.
O partido acrescentou que a substituição da ligação pela companhia espanhola Ibéria “constitui uma afronta à coesão nacional no que toca à necessária e imprescindível continuidade territorial entre as diferentes regiões do país”.
O deputado do PS, Miguel Brito, defende que ao tomar a decisão de abandonar a rota aérea entre Porto Santo, Lisboa e Porto a TAP “não está a colocar em causa apenas a economia da ilha, que é dependente do turismo, mas está a abandonar os seus residentes, portugueses por inteiro com uma decisão que é um absoluto contrassenso daquilo que deve ser o propósito da companhia aérea de bandeira, nacional”.
Miguel Brito já foi anunciado como candidato do PS à autarquia do Porto Santo, critica o Governo Regional e o atual presidente de Câmara por “não terem sabido defender de forma cabal” os interesses dos porto-santenses no que respeita à mobilidade e promoção do Porto Santo enquanto destino seguro para o Verão, que pode ter resultado agora nesta decisão da TAP.
“O PS Madeira defendeu um plano de desconfinamento específico para a ilha, adequado à situação epidemiológica de Porto Santo que, face ao controlo à entrada, é diferente da restante Região. Bem como uma estratégia de transporte aéreo e a preparação atempada do Verão, de forma a que conseguíssemos garantir um fluxo de turistas, em total segurança, oferecendo um destino que se pudesse colocar no topo das preferências de sol e praia para a retoma. Tal não existiu e o resultado dessa inação pode ter ficado bem patente nesta decisão da TAP, que repudiamos de forma veemente”, afirmou.
A TAP já veio entretanto anunciar que terá cinco voos diários de Lisboa para o Funchal, e mais dois voos diários entre o Porto e o Funchal, em agosto.
A companhia aérea refere que vai retomar a partir de junho, com cinco voos semanais, a ligação com o Porto Santo.
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