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INE: Quase 2,4 milhões de portugueses em risco de pobreza

Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado anualmente junto das famílias residentes em Portugal, revela uma diminuição das pessoas em risco de pobreza: 18,3% em 2016, contra 19% um ano antes.
Romeo Ranoco/REUTERS
30 Novembro 2017, 12h36

Quase  2,4  milhões de portugueses estavam em risco de pobreza ou exclusão social em 2016, menos 0,7  pontos percentuais que no ano anterior, apesar de um aumento de 70 euros no rendimento mensal das famílias, segundo dados estatísticos revelados esta quinta-feira.
 
Os números estão no Inquérito às Condições de Vida e Rendimento feito pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que indica que 18,3% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2016.
 
“O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado anualmente junto das famílias residentes em Portugal, indica que 18,3% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2016, ou seja, menos 0,7 p.p. do que em 2015”, revela o Inquérito do INE hoje divulgado.
 
A taxa de risco de pobreza correspondia, em 2016, à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos (por adulto equivalente) inferiores a 5.442 euros anuais (454 euros por mês).
 
De acordo com o mesmo inquérito, entre 2015 e 2016, a mediana do rendimento monetário líquido por adulto equivalente registou um aumento nominal de 3,3%:  70 euros em 2016 face a 8.782 euros no ano anterior.
 
Consequentemente, o limiar, ou linha de pobreza relativa (que corresponde a 60% da mediana da distribuição dos rendimentos monetários líquidos equivalentes) aumentou de 5.269 euros para 5 442 euros, ou seja, de 439 euros para 454 euros em termos mensais.
 

Redução de risco de pobreza abrange menores de 18 anos e idosos

 

Segundo o INE, a redução do risco de pobreza entre 2015 e 2016 abrangeu em especial os menores de 18 anos, de 22,4% para 20,7% em 2016, e a população idosa de 18,3% para 17%. A taxa de pobreza para a população adulta em idade ativa reduziu-se ligeiramente, de 18,2% em 2015 para 18,1% em 2016.
 
Já as mulheres continuam a ser mais afetadas pela insuficiência de recursos, com um risco de pobreza de 18,7% face a 17,8% para os homens.
 
A existência de crianças num agregado familiar continua também a estar associada a um risco de pobreza acrescido, sendo de 19,7% para as famílias com crianças dependentes e de 16,9% para as famílias sem crianças dependentes.
 
Em 2016, as famílias com dois adultos e três ou mais crianças dependentes, e as famílias com um adulto e pelo menos uma criança dependente, continuavam a ser as mais atingidas pelo risco de pobreza (41,4% e 33,1%, respetivamente).
 
O contributo das transferências sociais, relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social para a redução do risco de pobreza foi de 5,3 pontos percentuais  em 2016, inferior ao valor observado em 2015 (6,1 p.p.).
 
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