[weglot_switcher]

Tetra Pak introduz embalagens digitais em Portugal

Consumidores podem aceder a informação sobre os produtos através de uma app. Multinacional sueca está ainda a estudar a utilização de materiais vegetais reutilizáveis nas embalagens, como a película de tomate e as algas.
Cristina Bernardo
14 Dezembro 2017, 07h00

A Tetra Pak vai apostar na introdução no mercado nacional de embalagens para água e já tem disponíveis para os clientes do mercado interno a tecnologia adequada para se entrar no próximo passo da tecnologia neste segmento de consumo, que passa pelas embalagens digitais. É uma nova geração de embalagens que tenta acompanhar as novas tendências dos consumidores nacionais e a nível europeu.

Alejandro Cabal, o colombiano que é responsável pela operação da multinacional sueca na Península Ibérica, assumiu recentemente numa ação da Tetra Pak em Lisboa que esta área de negócio “é uma oportunidade de negócio que iremos aproveitar, também em Portugal”. “Estamos a desenvolver embalagens adequadas para a água e mais respeitadoras do ambiente”, assegurou este responsável da Tetra Pak.

A introdução de embalagens da Tetra Pak para água, similares às que já são utilizadas há diversos anos para outros líquidos como leite, sumos e néctares, é uma decisão assumida pela empresa sueca para a generalidade dos mercados ocidentais em que está presente. E com a vantagem destas embalagens, ao contrário das embalagens correntes de plástico, impedirem a deterioração da água por parte da luz solar.

Por outro lado, esta decisão pretende ser uma resposta ao crescimento do consumo de água embalada nos países mais desenvolvidos. Segundo Vanessa Baldeante da Costa, diretora comercial e gestora executiva de vendas da Tetra Pak Portugal, no nosso País “a categoria de consumo de água embalada está a crescer ao ritmo de 9% ao ano”.

Ingrid Falcão, responsável pela área de Ambiente da Tetra Pak Portugal, revelou nessa mesma ocasião que estas novas embalagens da Tetra Pak para água são certificadas e recicláveis, incluindo as tampas, que são de origem vegetal, à base de cana de açúcar. “Temos o compromisso de recorrer a uma utilização mínima dos recursos, de produzir uma embalagem que proteja o produto, neste caso os alimentos ou as bebidas, e de garantir que a embalagem pode ser reciclada”, sublinhou esta responsável da Tetra Pak Portugal.

“Estamos sempre à procura de novas soluções. Temos centros de investigação dentro do grupo que se dedicam permanentemente a esse estudo de novos materiais recicláveis para as embalagens, em particular os materiais que são de origem vegetal”, garantiu Ingrid Falcão. Esta responsável da Tetra Pak Portugal revelou ainda que a multinacional sueca especializada na produção de embalagens está a estudar novas soluções para materiais recicláveis com base em algas ou em resíduos da pele de tomate, por exemplo, mas não quis adiantar mais pormenores sobre estas inovações.

Antevê-se, contudo, uma nova geração de embalagens nos próximos anos. Não só recorrendo a novos materiais reutilizáveis, mas também com um salto tecnológico assinalável para a embalagem digital: uma embalagem que através de um app no tablet ou smartphone permite ao consumidor aceder a toda a informação do produto contido na embalagem, não só a composição dos ingredientes, mas qualquer informação que o produtor queira incluir para promover a sua marca ou fidelizar o cliente. “A Tetra Pak tem disponível a tecnologia para lançarmos no mercado português embalagens digitais. Esperamos que no próximo ano possa haver uma grande marca em Portugal que aposte nas nossas embalagens digitais”, confidenciou Alejandro Cabal.

Vanessa Baldeante da Costa destacou ainda que, neste, como noutros casos, é relevante fixar que, segundo um estudo recente realizado pela Tetra Pak junto dos consumidores nacionais, a maioria, “mais de metade dos portugueses preferem embalagens com certificação ambiental”. “É importante perceber que a decisão de compra de um produto é pautada por este tipo de preocupação”, concluiu esta responsável da Tetra Pak Portugal.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.