O Egito vai libertar o porta-contentores Ever Given, que bloqueou o Canal do Suez no passado mês de março, depois de a empresa e das seguradoras chegarem a acordo, avança a “BBC”. O navio, bem como a sua carga, vai ser libertado esta quarta-feira do local onde tem estado arrestado desde que foi libertado.
Ainda que os detalhes não tenham sido revelados, antes do acordo, o Egito pedia 550 milhões de dólares (463,7 milhões de euros) devido aos danos provocados.
O Ever Given bloqueou todas as passagens no Canal do Suez em março ao ficar preso durante seis dias, numa operação de salvamento que envolveu vários rebocadores e uma equipa de drenagem. Centenas de navios tiveram de esperar que o Ever Given fosse desencalhado, provocando filas de 193 quilómetros.
A seguradora UK Club apontou que o proprietário do Ever Given era responsável por terceiros, sendo esta a “solução formal” encontrada pelas duas partes para resolver o assunto da indemnização ao fim de vários meses. “Serão feitos os preparativos para a libertação da embarcação e oportunamente será realizado um evento para marcar o acordo”, apontou a seguradora.
Inicialmente, as autoridades do porto do Canal do Suez pediam uma indemnização de 916 milhões de dólares (772 milhões de euros), um valor que incluía 300 milhões de dólares (252,83 milhões de euros) pelo desbloqueio e 300 milhões de dólares pela perda de reputação, tendo então reduzido o valor para 550 milhões de dólares depois da seguradora da embarcação admitir que o pedido era “amplamente sem suporte”.
Estima-se que o valor das mercadorias ainda presas no interior dos 18 mil contentores ascenda a 775 milhões de dólares (653,2 milhões de euros). A gigante Ikea e a Lenovo são apenas dois exemplos de lojas que têm artigos retidos na embarcação, sendo as pequenas empresas, como a Pearson 1860 ou a Snuggy, as mais afetadas.
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