Governo alemão vai acabar com testes à Covid-19 gratuitos a partir de 11 de outubro

Com o objetivo de encorajar mais pessoas a tomarem a vacina, o governo alemão vai parar de disponibilizar testes gratuitos à Covid-19 a partir de 11 de outubro. O anúncio da medida surge numa altura em que o número de casos na Alemanha voltou a disparar, com o Governo a demonstrar preocupações com uma nova vaga, mais contagiosa, da pandemia, segundo a “Reuters”.

Menos de sete semanas antes da eleição federal, a ainda chanceler Angela Merkel e líderes dos 16 estados federais reuniram-se esta terça-feira, dia 10 de agosto, para discutir medidas que ajudem a evitar uma nova onda de infeções, impulsionada pela disseminação da variante Delta do coronavírus, e evitar restrições impopulares.

O governo concordou em acabar com os testes gratuitos para todos, exceto aqueles para os quais a vacinação não é recomendada, como crianças e mulheres grávidas, segundo fontes próximas ao governo citadas pela “Reuters”.

Com o anuncio da nova medida, o governo alemão espera que tal sirva de incentivo para mais pessoas tomarem a vacina contra a Covid-19, uma vez que as pessoas não vacinadas terão que pagar pelos testes de que precisam para poder entrar em restaurantes, participar em cerimónias religiosas e praticar desportos indoor.

A Alemanha tornou os testes gratuitos para toda a população em março para ajudar a tornar possível um regresso, ainda que gradual, à vida normal após meses de confinamento. Embora 55% dos alemães já estejam totalmente vacinados, o ritmo das inoculações diminuiu.

Armin Laschet, o candidato conservador apontado à sucessão de Merkel, disse que a Alemanha precisa de aumentar os testes e aumentar o ritmo das vacinações. “Queremos e iremos testar mais para evitar um novo confinamento”, disse Laschet.

A Alemanha registou mais de três mil casos por dia na última semana, elevando o total para 3,79 milhões. O número de mortos na Alemanha é de 91.803. A incidência nacional de sete dias aumentou na terça-feira para 23,5 por 100 mil pessoas, ante 23,1 na segunda-feira.