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Grécia quer evitar tornar-se “porta de entrada” de afegãos na União Europeia

A Grécia está na linha da frente da crise de migração da Europa, desde 2015, quando quase um milhão de pessoas que fugiam do conflito na Síria, Iraque e Afeganistão desembarcaram nas suas ilhas e, como outros estados-membros da UE, está receosa que os acontecimentos no Afeganistão possam desencadear uma repetição dessa crise.
Depois da conquista da capital, milhares de afegãos entraram em desespero e decidiram fugir do país via aérea.
17 Agosto 2021, 13h24

O governo grego afirmou esta terça-feira que não se quer tornar na “porta de entrada” da União Europeia para os cidadãos afegãos que fogem da escalada do conflito no seu país. O ministro para a Migração, Notis Mitarachi, confirmou que já enviou um pedido à UE para que esclareça as regras de entrada no bloco europeu de afegãos que abandonam o seu país, avança a “Reuters”.

A Grécia está na linha da frente da crise de migração da Europa, desde 2015, quando quase um milhão de pessoas que fugiam do conflito na Síria, Iraque e Afeganistão desembarcaram nas suas ilhas e, como outros estados-membros da UE, está receosa que os acontecimentos no Afeganistão possam desencadear uma repetição dessa crise.

“Estamos a dizer claramente que não seremos e não podemos ser a porta de entrada da Europa para os refugiados e migrantes que querem tentar entrar na União Europeia”, disse Mitarachi à televisão estatal grega “ERT”.

“Não podemos permitir que milhões de pessoas deixem o Afeganistão e venham para a União Europeia, certamente não através da Grécia”, disse Mitarachi.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE vão reunir esta terça-feira para discutir a queda do governo no Afeganistão para os Taliban e a Grécia solicitou que o assunto também seja discutido numa reunião dos ministros de assuntos internos da UE na quarta-feira.

“A solução precisa ser comum e deve ser uma solução europeia”, disse Mitarachi.

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