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Queda nas vendas a retalho norte-americanas abala Wall Street

A gigante do sector Walmart fechou na linha d’água, depois de apresentar contas. A cotada norte-americana teve uma receita de 141,05 mil milhões de dólares (cerca de 120,17 mil milhões de euros) no segundo trimestre do ano.
17 Agosto 2021, 21h09

A bolsa de Nova Iorque fechou a sessão desta terça-feira em terreno negativo, consequência de uma queda inesperada nas vendas a retalho nos Estados Unidos em julho, que dá sinais de que a maior economia do mundo poderá estar a desacelerar perante um ressurgimento do vírus SARS-CoV-2.

Wall Street seguiu a tendências das bolsas chinesas, que caíram significativamente perante a intenção de Pequim de aumentar a regulamentação das empresas digitais. O índice industrial Dow Jones perdeu 0,79% para 35.343,28 pontos, o financeiro Standard & Poor’s (S&P) 50o recuou 0,67% para 4.449,50 e o tecnológico Nasdaq caiu 0,93% para 14.656,20 pontos. O Russel 2000 desvalorizou 1,23% para 2.175,35 pontos.

Em queda encerraram ainda as ações da retalhista Home Depot, que, apesar de ter divulgado lucros trimestrais animadores, viu as vendas em loja aumentaram 4,5% em termos homólogos, abaixo dos 5% previstos pelo consenso de mercado. Os títulos da empresa fundada na Geórgia tombaram 4,29% para 320,68 dólares.

Por outro lado, a gigante Walmart fechou na linha d’água, com uma subida de 0,01% para 150,76 dólares, depois de apresentar contas. A cotada norte-americana teve uma receita de 141,05 mil milhões de dólares (cerca de 120,17 mil milhões de euros) no segundo trimestre.

No mês passado, as vendas a retalho norte-americanas caíram 1,1%, uma percentagem superior à de 0,3% estimada pelos economistas consultados pela agência Dow Jones, o que colocou as praças no ‘encarnado’. A redução, que surge depois de uma subida em junho, foi liderada pela diminuição nas compras de automóveis, tal como destaca o analista Henrique Tomé.

“As receitas caíram nos vendedores de veículos e peças em segunda mão (-3,9% versus -2,2% em junho), revendedores de material de construção e equipamentos, lojas de alimentos e bebidas (-0,7% versus 0,8% ), lojas de móveis (-0,6% versus -2,2%), lojas de roupas (-2,6% versus 3,7%) e artigos desportivos, hobbies, instrumentos musicais e livrarias (-1,9% versus -1,8%)”, explica o especialista da XTB, em research.

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