O grupo Credit Suisse deve ser julgado pelos sucessos que já teve na gestão de risco, incluindo durante a última crise financeira, e não apenas pelo golpe multibilionário que sofreu com o colapso do hedge fund Archegos Capital Management nos Estados Unidos.
“Eles têm ótimos negócios, ótimos franchises, muitas pessoas ótimas. É claro que se tem que pôr isso em perspetiva”, referiu esta quinta-feira Brady Dougan, CEO do Credit Suisse de 2007 a 2015, numa uma entrevista à Bloomberg.
“Durante a crise financeira de 2008, o Credit Suisse foi um dos bancos que não teve nenhum resgate do governo e foi considerado um dos melhores durante a crise. Portanto, há muito bom ADN em torno da gestão de risco também”, afirmou o agora diretor executivo da Exos Financial.
O Credit Suisse terá de assumir perdas de 4,7 mil milhões de dólares (3,98 mil milhões de euros) em consequência da exposição do banco ao fundo Archegos Capital e antecipa agora prejuízos de 960,4 milhões de dólares (813,4 milhões de euros) no primeiro semestre do ano, depois de registar as perdas reportadas esta terça-feira.
O caso – o pior desastre comercial em mais de uma década – levou a mais de meia dúzia de demissões da empresa. Entre as saídas imediatas estiveram o diretor executivo da secção de investimento, Brian Chin, e a responsável pelo departamento de risco e compliance, Lara Warner. Já o conselho executivo do banco renunciou aos bónus para 2021.
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