João Ferreira, candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, criticou o que classifica como política de favorecimento aos promotores imobiliários e especulação imobiliária, que argumenta ser “lesiva do interesse público”.
“Há uma deliberada política de favor ao promotor imobiliário. Uma política que é lesiva do interesse público”, afirmou o ex-eurodeputado, em declarações transmitidas pela RTP3, esta segunda-feira na apresentação formal da candidatura do PCP à presidência da Câmara de Lisboa.
Para João Ferreira, “nas últimas duas décadas, Lisboa passou a ser a cada momento aquilo que o especulador queira fazer dela”, o que levou a que, no seu entender, “as necessidades da população foram relegadas para segundo plano”.
O comunista criticou o que apelidou de “via verde para o promotor imobiliário”, que diz contrastar “com a aversão à participação cívica”. “Os processos de participação pública reduzidos a meros formalismo burocráticos são vistos como a gestão municipal como uma chatice”, disse, considerando que o PS e o PSD “fogem quanto podem dos instrumentos de planeamento”.
“A especulação imobiliária expulsa cada vez mais gente da cidade”, vincou, defendendo que “a pandemia deixou a nu o vazio de ideias para uma base sólida de desenvolvimento da cidade” e argumentando que “os serviços municipais foram frequentemente geridos sem a devida planificação, de forma casuística, dissociada duma visão estratégica da cidade, sem envolver os trabalhadores”.
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