A presidente da Comissão Europeia, Urusula von der Leyen, fez saber esta quarta-feira que o executivo comunitário vai avançar com um projeto de lei que procure taxar os “lucros ocultos por detrás de empresas de fachada”. Bruxelas quer combater a fraude e evasão fiscal no bloco comunitário.
“Numa economia social de mercado como a nossa, é positivo que as empresas obtenham lucros. Mas, se os obtêm, é graças à qualidade das nossas infraestruturas, da nossa segurança social e dos nossos sistemas educativos. Consequentemente, o mínimo que podem fazer é dar o seu justo contributo”, afirmou Ursula von der Leyen, durante o discurso do Estado da União, onde fez o balanço deste ano e projetou as prioridades para 2022, esta manhã.
Perante os eurodeputados, a chefe do executivo comunitário mostrou-se determinada em “lutar contra a evasão e fraude fiscal”. “Vamos apresentar uma proposta legislativa com o objetivo de tributar os lucros ocultos das empresas de fachada”, revelou, sublinhando que a fará “todos os possíveis” para alcançar um “acordo histórico a nível mundial sobre a taxa mínima do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas”.
“Pagar uma quantidade justa de impostos, não é apenas uma questão de política financeira, mas é sobretudo uma questão de igualdade”, realçou no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
A presidente da Comissão Europeia proferiu esta quarta-feira o seu segundo discurso sobre o Estado da União Europeia, em que apresentou as prioridades para 2022, em áreas como a saúde, ambiente, economia e política externa, entre outras. Ursula Von der Leyen, que tomou posse em 1 de dezembro de 2019, fez o primeiro discurso deste género em 16 de setembro de 2020.
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