O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português e o Gabinete de Informação de Passageiros britânico não possuem informações sobre uma entrada ou saída de João Rendeiro de Portugal nem do Reino Unido, avança o “Público”. Foi a própria juíza que condenou Rendeiro a dez anos de prisão que pediu os dados ao SEF depois do ex-banqueiro ter admitido passar uns dias em Inglaterra e ter fugido à justiça.
A magistrada solicitou à entidade os registos de entrada e saída do território português do ex-banqueiro nos últimos 12 meses. No entanto, e de acordo com a publicação, o SEF assumiu não dispor dessa informação, uma vez que não efetua registos de passagem da fronteira de cidadãos comunitários por impedimentos da ordem legal, sendo o controlo efetuado nos voos com origem ou destino de países foram do Espaço Schengen.
Dado a falta de dados do SEF, a juíza solicitou à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) informações sobre viagens aéreas realizadas por João Rendeiro nos últimos 60 dias, dado que a organização é responsável pela gestão e controlo dos aeroportos comerciais e aeródromos civis em Portugal.
Além das entidades nacionais, a magistrada enviou uma carta às autoridades do Reino Unido a solicitar os registos de entrada e saída o arguido nos últimos 12 meses, onde pede datas de entradas e saídas, bem como a indicação dos territórios que declarou para uma eventual saída do país. De acordo com o “Público”, a resposta que chegou até à juíza responsável pela condenação e emissão dos mandatos de captura nacional e internacional foi negativa, com o Gabinete de Informação de Passageiros inglês a afirmar que não possui registos da passagem de Rendeiro pela Grã-Bretanha.
De recordar que o ex-banqueiro informou o tribunal que se iria ausentar para Londres entre 12 e 30 de setembro, alegando motivos de saúde. A dois dias do fim do prazo dado pelo próprio, João Rendeiro publicou um texto no seu blog “Arma Crítica” onde admite a fuga por se sentir “injustiçado pela justiça do meu país”.
Segundo dados recolhidos pela “TVI”, o ex-banqueiro aproveitou a viagem a Londres para depois fugir para um país fora da Europa, num movimento para dificultar a extradição.
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