Depois de Lisboa e do Porto, a startup portuguesa Luggit vai voar para Viena. A empresa que permite aos turistas requisitar um “motorista” e um cofre para as suas bagagens anunciou esta terça-feira que vai iniciar a internacionalização com a chegada à capital de Áustria, a terceira cidade na qual está presente.
“Em primeiro lugar, é uma cidade com apenas um aeroporto e não muito longe do centro, o que em termos operacionais, nos permite ter uma experiência similar a Lisboa e Porto e com isso, ser mais eficazes no início. Em segundo, pelo forte mercado de alojamento local, que é um canal de aquisição de clientes muito importante para nós. Por último, é uma cidade com uma sazonalidade complementar a Lisboa e Porto, pelo que nos permite ter um ano menos instável”, disse ao Jornal Económico (JE) o cofundador e CEO, Ricardo Figueiredo.
O empreendedor defende que o facto de Viena ter uma cultura diferente das duas metrópoles portuguesas também pesou na decisão, uma vez que a startup poderá aprende “bastante”.
“Este passo deve-se única e exclusivamente à qualidade da nossa equipa. Com todas as condicionantes externas inerentes a qualquer negócio turístico nos últimos tempos, fomos capazes de desenvolver produto e estratégia para agora, dar este passo, tão importante. Desde o início que o nosso objetivo é colocar a Luggit no mundo e o facto de começarmos pela Áustria, permite-nos enfrentar uma realidade bastante diferente da portuguesa”, diz Ricardo Figueiredo.
Sem detalhar, o CEO adianta que o número de utilizadores cresce a uma taxa mensal de 118,81% e de faturação a uma taxa de 146,32%, tendo em conta os meses de maio a setembro. Aliás, devido à última fase do desconfinamento, setembro terá mesmo sido o mês com mais receitas, sendo expectável que em outubro e novembro as vendas dupliquem.
Com mais de 2 mil malas carregadas pelos seus condutores (keepers), a empresa tecnológica pretende expandir as operações em mais três cidades europeias nos próximos dois anos, mas, questionada sobre o assunto pelo JE, não revela quais porque ainda é “cedo para ter a certeza”, apesar de estarem previamente definidas pela equipa.
Na lista de empresas turísticas que usam o software da Luggit constam 60 empresas de gestão de alojamento local com mais de 1.500 apartamentos, entre as quais Feels Like Home, Lovely Stay, Whome, Bnbird ou Time Cooler. Já são mais de sete centenas os clientes que querem evitar que os viajantes tomem decisões a pensar na bagagem, como marcar voos com chegada mais tardia ou carregá-los até ao alojamento/hotel.
https://jornaleconomico.pt/noticias/hoteis-vao-poder-ter-plataforma-online-para-recolher-e-entregar-malas-aos-turistas-610084
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