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Puma vê receitas subirem mas avisa consumidores para anteciparem compras de Natal

Entre julho e setembro, a Puma faturou 1,9 mil milhões de euros e registou um lucro de 144 milhões de euros – valor superior aos 114 milhões de euros arrecadados no terceiro trimestre do ano passado. Empresa alemã ganha apesar das interrupções na cadeia de abastecimento.
27 Outubro 2021, 15h56

O grupo alemão de roupas e equipamentos desportivos Puma anunciou um crescimento homólogo de 20% no terceiro trimestre e melhorou as suas previsões para 2021, ainda que as interrupções na cadeia de valor tenham afetado o negócio.

Entre julho e setembro, a Puma faturou 1,9 mil milhões de euros e registou um lucro de 144 milhões de euros – valor superior aos 114 milhões de euros arrecadados no terceiro trimestre do ano passado, quando a pandemia de Covid-19 ainda afetava a prática desportiva por todo o mundo.

Alguns dos desafios operacionais que a Puma enfrentou no terceiro trimestre, segundo o seu presidente-executivo, Bjørn Gulden, foram a suspensão da atividade produtiva no Vietname (o maior polo de produção de ténis do mundo), interrupções em portos e “uma situação delicada de mercado” na China.

Face aos problemas enunciados e, que devem continuar até ao final de 2021, a Puma aconselhou os clientes a fazerem compras antecipadamente para o Natal.

“Se quiser comprar presentes de Natal, deve comprar agora”, disse Gulden numa conferência de imprensa após anunciar os resultados, acrescentando que os problemas da cadeia de abastecimento, agravados por custos mais altos de matérias-primas, podem levar a preços mais altos no segundo semestre de 2022.

No terceiro trimestre do ano, a Europa, Médio Oriente e África (região EMEA) foram os maiores mercados da Puma em volume de negócios, com 813,7 milhões de euros em vendas. A América do Norte  e do Sul foram as regiões onde a empresa teve o maior crescimento anual, de 28%. A Puma aumentou a sua faturação em todos os seus mercados para dois dígitos, exceto na Ásia-Pacífico, onde subiu apenas 3,8% em comparação com o terceiro trimestre de 2020.

A Puma espera que as despesas operacionais relacionadas à sua cadeia de abastecimento continuem a aumentar nos próximos meses.

Por categorias, o calçado continua a concentrar o grosso das vendas e foi o que mais cresceu, com um acréscimo de 21,6%, para 846,9 milhões de euros. O vestuário contribuiu com 735,2 milhões, mais 21,3%, e os acessórios, com 318,3 milhões de euros, mais 15,2%, descontando o efeito cambial.

Para o conjunto do ano, a empresa prevê um crescimento de pelo menos 25% (face aos 20% anteriormente estimados) e um resultado operacional (EBIT) entre 450 milhões de euros e 500 milhões de euros. O intervalo anterior era entre 400 e 500 milhões de euros.

Nos primeiros nove meses do ano, a Puma atingiu vendas de cinco mil milhões de euros, o que representa um aumento de 39% face ao período homólogo. O lucro da empresa no período foi de 302 milhões de euros, que compara com 54 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano correspondentes ao ano da pandemia.

“Prevemos que a procura pelos nossos produtos continue pelo resto do ano, mas os problemas de abastecimento também continuarão”, acrescenta o presidente-executivo da empresa, em comunicado com o relatório e contas divulgado esta quarta-feira.

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