“Glória”. Primeira série portuguesa já está disponível na Netflix

Espiões, muita ação à mistura, o fim do Estado Novo e a Guerra Fria. É esta a história retratada em “Glória”, a primeira série portuguesa de ficção a ser produzida pela plataforma de streaming Netflix, e que estreou esta sexta-feira.

O thriller realizado por Tiago Guedes é uma história de ficção mas que assenta em factos reais. Sabe-se que a série foi gravada durante a pandemia e que se concentra na aldeia de Glória do Ribatejo, onde durante vários anos funcionou um centro norte-americano de transmissões, que tinha como principal objetivo transmitir propaganda ocidental para os países do Bloco de Leste.

A primeira série portuguesa conta com a participação de Victoria Guerra, Afonso Pimentel, Miguel Nunes, Adriano Luz, Carolina Amaral, Joana Ribeiro, Albano Jerónimo, Marcelo Urgeghe, Jimmy Taenaka e Stephanie Vogt.

A história é protagonizada pelo ator Miguel Nunes, que interpreta o engenheiro Miguel Vidal, filho de um alto dirigente do Estado Novo que foi recrutado pela polícia secreta de Moscovo, o KGB, durante a Guerra Fria.

A série com dez episódios é uma coprodução da RTP e da SPi. Além de se ter estreado pelas 8 horas desta sexta-feira na plataforma de streaming, o canal público também vai ter a oportunidade de transmitir a história.

Pedro Lopes, criador de todo o enredo, esteve em conversa com a Agência Lusa, tendo admitido que “este projeto trouxe uma história original, não só para quem não é português, que fica a perceber o papel que Portugal teve como plataforma neste período da Guerra Fria; e também para os portugueses porque a RARET [centro de transmissões], apesar de ser um complexo de 200 hectares onde trabalhavam 500 pessoas, continua a ser um segredo muito bem guardado ao longo destes anos todos”.

“Glória” estreia agora nos quase 200 países em que a Netflix está disponível. As gravações ocorreram entre setembro de 2020 e janeiro de 2021, mas o primeiro contacto da história com a plataforma ocorreu em 2017.