A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em janeiro terminou hoje no mercado de futuros de Londres em alta de 3,18%, para os 82,19 dólares.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 2,53 dólares acima dos 79,66 com que fechou as transações na segunda-feira.
A cotação do Brent disparou depois de se saber que EUA, China, Índia, Japão e outros países consumidores de petróleo iam coordenar-se para libertarem de forma concertada cerca de 50 milhões de barris de petróleo das suas reservas estratégicas.
Este plano, concebido para diminuir os preços do petróleo e favorecer a expansão económica pós-pandemia, provocou um efeito inicial oposto no mercado.
Os analistas acreditam que a ação coordenada por Washington pode levar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados, como a Federação Russa, que formam o designado OPEP+, a tomarem medidas que visem contrariar os efeitos pretendidos por aqueles grandes consumidores.
Os analistas admitem que o OPEP+, liderado por sauditas e russos, decida inverter a sua intenção de aumentar em 400 mil barris diários a sua produção em dezembro.
O plano de Washington “talvez tivesse tido mais impacto se os EUA tivessem esperado para agir até depois do anúncio da subida da produção do OPEP+ em dezembro”, considerou Michael Hewson, analista da CMC Markets.
Em todo o caso, a libertação de reservas é de “uma escala sem precedentes” na “história recente do mercado de petróleo”, salientou Bjornar Tnohaugen, da Rystad Energy.
“Esta é a primeira vez em que estes países, incluindo a China, fazem uma libertação (de reservas) coordenada. A última vez que se viu algo similar foi durante a guerra civil na Líbia em 2011, quando os países da AIE (Agência Internacional de Energia) libertaram reservas de maneira conjunta, mas naquela ocasião sem a China”, sublinhou.
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