O nome dado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) à nova variante do novo coronavírus detetada na África do Sul terá impulsionado a valorização da moeda digital, que havia sido criada no início de novembro. Para facilitar a discussão sobre as variantes, a OMS utiliza o nome das letras do alfabeto grego (alfa, beta, gama, delta, etc.), que é mais acessível a um público não científico e que permite evitar a estigmatização dos países onde as estirpes são descobertas.
No seu site na Internet, os fundadores da criptomoeda Omicron não fazem referência à covid-19. Explicam que esperam que os seus ativos “possam funcionar como uma moeda capaz de reter o seu poder de compra independentemente da volatilidade do mercado”.
O valor da Omicron caiu para os 152 dólares (cerca de 134 euros) antes de subir e se estabilizar nos 350 dólares (cerca de 310 euros) pelas 16 horas (hora de Lisboa), segundo o CoinMarketCap, cinco vezes mais do que no final da última semana.
No início do mês de novembro, outra criptomoeda havia vivido um sucesso vertiginoso, antes de colapsar: a “moeda Squid”, que foi criada com tema da série de televisão sul-coreana “Squid Game” por pessoas anónimas. De cerca de 0,7 dólares (cerca de 0,6 euros), quando foi lançada em 21 de outubro, a moeda digital Squid subiu para os 2.856 dólares (cerca de 2.533 euros), em 01 de novembro, antes de cair para os 0,003 dólares (cerca de 0,0027 euros) no dia seguinte.
Os compradores descobriram que não podiam vendê-la e beneficiar com os seus lucros, e os criadores desapareceram das redes sociais.
A nova variante ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 apresenta “um risco muito elevado” a nível mundial, avisou a OMS. A lista dos países onde a Ómicron foi detetada não para de crescer, nomeadamente na Europa, depois dos primeiros casos identificados na África Austral durante este mês, o que obrigou muitos Estados a suspender as viagens para essa região do globo e a impor restrições preventivas para viajantes dela procedentes.
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