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Energias renováveis são a “aposta certa” para valorizar ambiente e recursos endógenos, defende Costa

António Costa falava no decorrer da cerimónia de apresentação do projeto da Central Solar de Santas, na Herdade das Santas, em Santo Aleixo, no concelho de Monforte (Portalegre), investimento de 120 milhões de euros e que vai ser desenvolvido em 350 hectares.
30 Novembro 2021, 19h20

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que o país deve continuar a investir nas energias renováveis, porque é a “aposta certa” para valorizar o ambiente e os recursos endógenos dos territórios.

“Continuar a investir nas energias renováveis é mesmo a aposta certa, não só do ponto de vista ambiental, mas do ponto de vista da valorização dos recursos endógenos dos territórios, reforçando a nossa coesão territorial”, disse.

António Costa falava no decorrer da cerimónia de apresentação do projeto da Central Solar de Santas, na Herdade das Santas, em Santo Aleixo, no concelho de Monforte (Portalegre), investimento de 120 milhões de euros e que vai ser desenvolvido em 350 hectares.

Este é o primeiro projeto do portfólio de 370 MWac [unidade de medida de energia solar] assegurado pela empresa Acuo, no leilão solar nacional de 2019, e que deverá estar concluído dentro de ano e meio.

Ainda sobre as energias renováveis, o primeiro-ministro fez questão de sublinhar as vantagens que esta estratégia poderá trazer para as empresas e para a qualidade de vida das populações.

“Do ponto de vista do custo da energia, melhorando a competitividade das nossas empresas e melhorando a qualidade de vida das famílias e é também a forma de abrirmos novas oportunidades de produção de novas fontes de energias como hidrogénio ou de termos melhores recursos como água por via da dessalinização”, disse.

“É por isto este o caminho que temos de continuar a seguir, é o caminho certo” acrescentou.

No decorrer da sua intervenção, António Costa recordou que hoje é um dia “particularmente importante” para o país, uma vez que Portugal deixou de produzir eletricidade a partir do carvão e “testemunhou” o arranque de mais um projeto que “centra” na energia solar a produção de eletricidade.

“Aquilo que distingue Portugal é que nós fomos o primeiro país do mundo, efetivamente, a assumir um compromisso muito claro: o de termos a neutralidade carbónica em 2050”, recordou.

O primeiro-ministro disse ainda que, se o país quer reduzir as emissões em CO2, tem de centrar a produção de energia na “energia limpa” e que seja “segura”.

“Esta transformação [energias renováveis) é também muito importante do ponto de vista económico. Portugal perdeu a primeira revolução industrial por falta dos recursos energéticos para a primeira revolução industrial”, disse.

António Costa recordou que Portugal tem “ciclicamente” um desequilíbrio na sua balança externa, “em grande medida” pela energia que tem de importar.

“Esta transformação energética permite a Portugal tornar e reforçar a sua autonomia energética, significa reequilibrarmos, decisivamente, a nossa balança, porque deixamos de importar e mais, podemos dia a dia, cada vez mais, ter capacidade para exportar”, sublinhou.

Outras das transformações que as energias renováveis poderão trazer ao país, segundo António Costa, passa por “valorizar recursos” que estão “disponíveis” em todo o território nacional, o que poderá “beneficiar” as regiões do interior que, desta forma, “ganham uma oportunidade” de desenvolvimento económico.

O primeiro-ministro recordou também que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou recentemente o valor da energia em Portugal para o próximo ano, no mercado regulado da eletricidade, sublinhando que as famílias vão contar com uma redução de “3,4%” no preço da eletricidade.

“Mas a ERSE disse mais, é que a tarifa de ligação à rede por parte da indústria terá uma redução de 97%, o que significa uma redução muito significativa dos custos energéticos das nossas empresas que assentam a sua atividade na eletricidade”, sublinhou.

“Quanto mais investirmos nas renováveis, mais barata será a energia que as famílias e as empresas irão pagar”, acrescentou.

A finalizar, António Costa disse ainda que a política energética “é quase como as cerejas” uma vez que abre “um conjunto de novas oportunidades”, dando a capacidade que o país possui para produzir hidrogénio verde.

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