A Direção-Geral da Saúde recomendou esta terça-feira a vacinação para as crianças entre os cinco e os onze anos de idade. Esta era uma decisão esperada desde que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) autorizou a vacinação desta faixa etária no passado dia 25 de novembro.
A DGS admite dar prioridade às crianças que tenham doenças consideradas de risco para a Covid-19 grave.
“Esta recomendação surge na sequência da posição da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC), que considerou, com base nos dados disponíveis, que a avaliação risco-benefício, numa perspetiva individual e de saúde pública, é favorável à vacinação das crianças desta faixa etária”, lê-se no comunicado da entidade.
A entidade liderada por Graça Freitas relembra as notícias dos últimos dias, de que o número de novos casos ter estado a aumentar nestas faixas etárias. “A doença nestas faixas etárias é geralmente ligeira, mas existem formas graves de Covid-19 em crianças”.
“O risco de hospitalização em crianças com doenças é maior em crianças com doenças de risco, contudo, muitos dos internamentos ocorrem em crianças sem doenças de risco”, indica a DGS.
A DGS relembra que a recomendação pode ser alterada “sempre que se justifique, nomeadamente, caso venham a ser conhecidos mais dados sobre novas variantes”.
Na sexta-feira, os especialistas de pediatria e saúde infantil entregaram o seu parecer sobre a vacinação à Comissão Técnica da DGS, que ficou a analisar todas as informações provenientes deste grupo.
Em jeito de antecipação, a Região Autónoma da Madeira decidi começar a vacinação desta faixa etária no dia 14 de dezembro. O secretário da Saúde da Madeira apontou a necessidade de vacinar as crianças dado que “os benefícios são superiores aos riscos” e pelo facto destas constituírem um grupo vulnerável. Na região, as primeiras crianças a serem vacinadas serão as que têm patologias associadas e só depois aquelas cujos progenitores autorizem.
A diretora da DGS já tinha admitido ficar “muito satisfeita” caso anunciasse que as crianças pudessem ser imunizadas contra a Covid-19. Graça Freitas defendeu, por diversas vezes, ser a favor da vacinação, considerando que “a vacinação, a seguir à água potável, é a melhor medida de prevenção que temos” contra as doenças e as suas mutações graves.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, espera uma grande adesão à vacinação das crianças por parte dos progenitores, dado que esta é realizada com segurança e eficácia.
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