A inclusão do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS, Duarte Cordeiro, e do ex-presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, entre os candidatos a deputados é a grande novidade da lista que os socialistas vão apresentar às eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022 no maior círculo nacional, novamente encabeçada pelo secretário-geral e primeiro-ministro António Costa.
Logo a seguir a Costa surge Edite Estrela, tal como já sucedera em 2019, mas a continuidade da antiga presidente da Câmara de Sintra vem reforçar a tese de que será ela a candidata socialista a suceder a Eduardo Ferro Rodrigues como presidente da Assembleia da República. Com a saída da atual segunda figura de Estado, outra socialista sobe uma posição nas listas, cabendo o terceiro lugar por Lisboa à ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que nos últimos meses foi incluída no rol de futuros candidatos à sucessão do líder do partido.
Também a ganhar força no PS, e possivelmente a caminho de deterem pastas ministeriais num eventual próximo executivo de António Costa, Duarte Cordeiro e Fernando Medina ocupam a quarta e quinta posição na lista, sendo esse último justamente o lugar que foi ocupado em 2019 pelo então ministro das Finanças, Mário Centeno.
Com a ministra da Cultura, Graça Fonseca, novamente no sexto lugar da lista por Lisboa, no sétimo encontra-se uma das maiores ascensões nas fileiras socialistas, pois o agora presidente da Juventude Socialista (JS), Miguel Costa Matos, havia sido apenas o 20.º nas legislativas de 2019 (sendo o último eleito diretamente), mas o mesmo não poderá dizer a sua antecessora na organização juvenil. Maria Begonha passa de terceira em Braga para 26.ª por Lisboa, vendo a permanência na Assembleia da República dependente de diversos eleitos não assumirem o mandato caso venham a ser chamados para um futuro governo.
Olhando para a lista que o PS apresentou em Lisboa em 2019, além de Eduardo Ferro Rodrigues, de Jorge Lacão (outro histórico socialista que anunciou o fim da carreira parlamentar) e de Mário Centeno, a outra saída mais marcante é o atual ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, que há dois anos aparecia em sétimo lugar.
Pelo contrário, dois dos mais notórios ‘desalinhados’ e críticos dos entendimentos preferenciais com partidos de esquerda, Marcos Perestrello e Sérgio Sousa Pinto, mantêm-se em lugares claramente elegíveis, respetivamente o 11.º e o 13.º, ‘recuando’ cada um deles apenas duas posições em relação às anteriores legislativas.
À sua frente ficam nas listas aprovadas pela FAUL o dirigente da UGT Sérgio Monte, em oitavo, a veterana Maria da Luz Rosinha, em nono (depois de ter sido a oitava em 2019, auxiliando Ferro Rodrigues na condução dos trabalhos parlamentares), e o secretário de Estado adjunto e da Energia, João Galamba, em décimo. Para Galamba, que fora o quarto candidato por Setúbal há dois anos, sem chegar a assumir o mandato, trata-se do quarto círculo pelo qual se candidata, após ser eleito por Santarém e por Coimbra.
Também com a continuação garantida no Parlamento estão a ex-secretária de Estado da Educação Susana Amador (12.ª), a secretária de Estado da Inclusão Ana Sofia Antunes (14.ª), Pedro Delgado Alves (15.º), Fátima Fonseca (16.º) ou Isabel Moreira (17.ª). O mesmo deverá suceder a outros atuais deputados, como Pedro Cegonho, Miguel Cabrita e Rita Madeira, mas a lista que será votada a 30 de janeiro de 2022 torna no mínimo desafiante a reeleição de vários elementos da bancada socialista pelo maior círculo eleitoral, que elege 47 deputados. Além de Maria Begonha, o caso mais notório é o de Romualda Fernandes, que de 19.ª desce agora para 27.ª.
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