[weglot_switcher]

Comissão Europeia vai emitir mais 50 mil milhões de euros em dívida a longo prazo no próximo semestre

Bruxelas anunciou o plano de financiamento para o primeiro semestre de 2022 para financiar a recuperação europeia. Além dos títulos de curto prazo, o executivo comunitário prevê emitir mais 50 mil milhões de euros em dívida a longo prazo.
14 Dezembro 2021, 17h10

A Comissão Europeia prevê emitir 50 mil milhões de euros de obrigações da União Europeia a longo prazo entre janeiro e junho do próximo ano para financiar o NextGenerationEU. O plano de financiamento de Bruxelas para o primeiro semestre do próximo ano inclui ainda títulos de dívida de curto prazo.

“Em 2022, a Comissão continuará a mobilizar fundos para financiar a recuperação e construir um futuro melhor e mais resiliente para todos. Graças a um volume de 50 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, esperamos manter uma forte presença nos mercados, contribuindo para os esforços de recuperação dos Estados-Membros, bem como apoiando a integração dos mercados de capitais e o papel internacional do euro”, disse o comissário responsável pelo Orçamento e Administração, Johannes Hahn, em comunicado divulgado esta terça-feira.

De acordo com a informação do executivo comunitário, o objetivo passa por emitir obrigações verdes NextGenerationEU e convencionais, tanto através de consórcios como de leilões, enquanto os títulos de curto prazo irão continuar a ser emitidos exclusivamente através de leilões.

“Na sequência do êxito do seu programa de leilões em setembro, a Comissão continuará a utilizar leilões como modo de emissão. O rácio exato entre leilões e consórcios dependerá das condições de mercado e das necessidades exatas de financiamento da Comissão”, detalha.

Bruxelas explica que o atual plano de financiamento se baseia nas previsões mais recentes para as futuras necessidades de pagamentos no âmbito do NextGenerationEU, salientando que o Mecanismo de Recuperação e Resiliência é um instrumento que tem por base o desempenho, pelo “que os pagamentos em 2022 dependerão do cumprimento dos objetivos intermédios e metas dos planos nacionais de recuperação e resiliência dos Estados-Membros, as necessidades de financiamento e o calendário dos pagamentos poderão variar”.

Esta terça-feira, “a Comissão adotou a decisão anual de contração de empréstimos para 2022, da qual constam os montantes máximos que a Comissão está autorizada a pedir emprestados até ao final do ano”.

Bruxelas assinala também que irá estar presente no mercado com os seus Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, SURE e Assistência Macrofinanceira, com um volume de financiamento estimado em cerca de 5,5 mil milhões de euros para o período de janeiro a junho de 2022.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.