Os receios com a inflação continuam a dominar as agendas dos mercados e dos atores políticos a nível global, mas com a pandemia a impulsionar o produto interno bruto (PIB) das nações, o Center for Economics and Business Research (CEBR) aponta que a economia mundial atinja os 100 biliões (trillion) de dólares (88,3 biliões de euros) em 2022.
O valor histórico dos 100 biliões de dólares era algo que os analistas já tinham antecipado, ainda que só para 2024. A pandemia de Covid-19, aliada à transição tecnológica que potenciou todo um conjunto de novos negócios e, até, novos produtos financeiros, como as criptomoedas ou os NFT’s, levou a que o CEBR divulgasse uma nova previsão.
“O produto interno bruto global será impulsionado pela contínua recuperação da pandemia, embora que, se a inflação persistir, poderá ser difícil para os legisladores evitarem colocar as suas economias de volta na recessão”, disse o think tank londrino.
“A questão importante para a década de 2020 é como as economias mundiais lidam com a inflação”, disse Douglas McWilliams, vice-presidente do CEBR. “Esperamos que um ajuste relativamente modesto nos decisores políticos traga os elementos não transitórios sob controlo. Caso contrário, o mundo terá de estar preparado para uma recessão em 2023 ou 2024”.
A previsão surge em linha com as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que também prevê que o PIB global medido em dólares e a preços correntes ultrapasse os 100 triliões de dólares em 2022.
Para além das previsões sobre a economia mundial, o CEBR antecipa que a China ultrapassará os EUA em 2030, dois anos depois do previsto há um ano, que a Índia recuperará a sexta posição, ultrapassando a França já no próximo ano, tornando-se na terceira maior economia em 2031, um ano depois do previsto anteriormente.
Adicionalmente, o CEBR refere que o Reino Unido está a caminho de ter uma economia 16% superior a França em 2036, apesar do Brexit, e que a economia alemã irá superar a japonesa em 2023.
Por fim, o think thank britânico sublinha que as alterações climáticas irão potenciar uma redução nos gastos dos dos consumidores em dois biliões de dólares (1,7 biliões de euros) por ano, em média, até 2036, à medida que as empresas distribuem o custo do investimento na descarbonização.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com