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Ómicron pode infetar 50% dos europeus nos próximos dois meses

“A este ritmo, mais de 50% da população na região será infetada com Ómicron nas próximas seis a oito semanas”, destacou Hans Kluge. O diretor admitiu mesmo que a escala de transmissão é superior às já antes vistas.
11 Janeiro 2022, 16h05

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou esta terça-feira que a variante Ómicron pode infetar mais de metade dos europeus nos próximos dois meses. Este valor foi calculado tendo como base o número de infeções desde que a mesma surgiu e a rapidez de transmissão.

O diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, assumiu que a Europa registou mais de sete milhões de novos casos só na primeira semana de 2022, o dobro do volume da quinzena anterior. Assim, mais de 1% da população dos 26 países vai contrair a infeção a cada semana.

“A este ritmo, mais de 50% da população na região será infetada com Ómicron nas próximas seis a oito semanas”, destacou Hans Kluge. O diretor admitiu mesmo que a escala de transmissão é superior às já antes vistas.

O vírus já se tornou dominante na Europa ocidental. Só em Portugal, a nova variante representa mais de 90% das novas infeções registadas no país.

Hans Kluge mostrou seriamente preocupado com os países que se têm deparado com um atraso nos processos de vacinação, nomeadamente a Europa de leste. “Ainda temos de observar o seu impacto nos países onde a adesão à vacinação é menor e onde vamos verificar doenças mais graves naqueles que não estão vacinados”.

Outra nota da OMS é que ainda é demasiado cedo para tratar a Covid-19 como uma endemia, dado as evidências de que a nova variante afeta mais órgãos do trato respiratório e causa sintomas mais moderados do que as variantes anteriores.

“Ainda temos uma enorme incerteza e um vírus que está a evoluir muito rapidamente, impondo novos desafios”, explicou Catherine Smallwood da OMS. “Não estamos na altura em que podemos dizer que está na fase endémica. Pode tornar-se endémico no seu devido tempo, mas fixar isso até 2022 é um difícil nesta fase”, esclareceu.

Assim, o responsável pela Europa reforçou que as vacinas têm oferecido uma boa proteção contra a doença mais grave e o risco de morte. No entanto, evidenciou que o aumento de novos internamentos devido à variante têm desafiado os sistemas nacionais de saúde.

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