O líder do PS, António Costa, afirmou hoje que a vitória do partido nas eleições deste domingo representa uma vitória da humildade, da confiança e da estabilidade. E garantiu que a maioria absoluta não significa “poder absoluto”.
“Depois de seis anos no exercício do cargo de primeiro-ministro e de dois anos de combate sem precedentes a uma pandemia, é como muita emoção que assumo a responsabilidade que os portugueses me confiaram”, disse o primeiro-ministro no discurso da vitória que assegura a sua reeleição, no Hotel Altis, em Lisboa.
“Esta foi uma vitória da humildade, da confiança e pela estabilidade”, salientou António Costa num discurso em que agradeceu aos elementos das mesas de voto, aos simpatizantes do partido, ao diretor de campanha Duarte Cordeiro e à sua mulher.
O PS foi o grande vencedor das eleições legislativas, conquistando a segunda maioria absoluta da sua história. “O Partido Socialista terá eleito entre 117 e 118 deputados, ainda sem estar apurados os resultados dos círculos da emigração. Isto para dizer que será uma maioria de diálogo. Em democracia ninguém governa sozinho”, prometeu António Costa.
“Os portugueses confirmaram de forma inequívoca que desejam um Governo do PS para os próximos quatro anos e demonstraram um cartão vermelho a qualquer crise política. Os portugueses mostraram o seu desejo de nos próximos anos contarem com estabilidade e um rumo certo para o nosso país”, defendeu o primeiro-ministro.
O PSD ficou em segundo lugar, tendo neste momento (à meia noite de segunda-feira) 27,8% dos votos e 68 deputados eleitos.
“Uma maioria absoluta não é o poder absoluto”
“Uma maioria absoluta não é o poder absoluto. Não é governar sozinho”, afirmou António Costa. “Governar é governar com e para todos os portugueses e esta maioria será com todas as forças políticas que representam os portugueses na sua pluralidade”, disse ainda.
O primeiro-ministro afirmou que esta nova legislatura servirá para virar a página da pandemia e fazer as reformas de que o país necessita. “Será com certeza um Governo mais enxuto, uma verdadeira task force para a recuperação da economia”, disse António Costa, sem adiantar mais pormenores.
Questionado pelos jornalistas se o Presidente da República será o “garante” de que o Governo socialista “não vai pisar o risco”, dada a maioria absoluta, António Costa respondeu que o primeiro garante será ele próprio e que o PS tem noção de que este resultado só foi possível porque o partido conseguiu obter o apoio de muitos eleitores não-socialistas. “Uma das prioridades da minha legislatura será reconciliar os portugueses com a ideia de maiorias absolutas”, afirmou.
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