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Negociadores ucranianos e russos cautelosos não vão revelar as suas propostas até chegarem a um consenso

Os membros das delegações ucraniana e russa destacadas para o processo de negociações de paz não vão tornar públicas as suas propostas até chegarem a um consenso, de acordo com Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, citado pela “Interfax”. O processo de negociações entre Kiev e Moscovo teve início no dia 28 de fevereiro, estando a terceira ronda agendada para a tarde desta segunda-feira.
AFP
7 Março 2022, 13h18

Os membros das delegações ucraniana e russa destacadas para o processo de negociações de paz não vão tornar públicas as suas propostas até chegarem a um consenso, de acordo com Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, citado pela “Interfax”

“O processo de negociação está em curso e é muito difícil. Existem muitas opções expressadas pelos dois lados. Concordámos em não tornar público [as propostas] até chegarmos a posições comuns de forma que a opinião pública não exerça pressão sobre essas posições”, disse Podolyak durante um entrevista com a jornalista russa Yulia Latynina, no seu canal do YouTube.

O processo de negociações entre Kiev e Moscovo teve início no dia 28 de fevereiro, estando a terceira ronda agendada para a tarde desta segunda-feira.

Numa altura em que o conflito espoletado pela invasão russa da Ucrânia já provocou 364 mortes de civis e mais de um milhão e meio de pessoas foram forçadas a abandonar o seu país, segundo dados oficiais de agências da ONU, as duas partes envolvidas no processo de negociações tentam, mais uma vez, ajustar as suas reivindicações.

No dia 3 de março, naquela que foi a segunda vez que os representantes dos dois países se encontraram, a Ucrânia levou para a mesa de negociações a exigência do cessar-fogo imediato, tréguas, bem como a criação de um corredor humanitário para o transporte de civis das áreas destruídas ou que se encontram sob fogo, tendo este último ponto (prioritário na agenda da Ucrânia), ficado acordado.

Contudo, até hoje, a abertura destas passagens seguras já falhou duas vezes devido a bombardeamentos, com os dois países a acusarem-se mutuamente pelo fracasso da operação.

Esta manhã, a poucas horas do início da terceira reunião, Moscovo anunciou que vai permitir a abertura de corredores humanitários, tanto na capital ucraniana como nas cidades de Mariupol, Kharkiv e Sumi, uma informação comunicada à Cruz Vermelha, à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e à ONU, de acordo com agências de notícias russas.

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