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“Vitória de Putin na Ucrânia já não é inevitável”, diz o chefe das Forças Armadas britânicas

O almirante sir Tony Radakin garantiu este domingo, em declarações ao canal de televisão BBC, que a invasão da Ucrânia “não está a correr bem” a Putin e que o exército russo não está a mostrar ser tão forte como se esperava. No entanto, avisa que a violência pode escalar ainda mais.
Al Drago/Pool via Lusa
7 Março 2022, 16h45

O exército russo tem a reputação de ser um dos mais fortes do mundo. No entanto, na invasão ao território ucraniano, o resultado não está a ser o expectável. Quem o diz é sir Tony Radakin, almirante inglês que serve o Reino Unido como chefe das Forças Armadas.

Em declarações proferiras no domingo ao canal televisivo BBC, Radakin disse que o Kremlin tomar posse da Ucrânia não é inevitável. “Acho que temos visto uma invasão russa que não está a correr bem”, assegura, dando mérito à resposta dada pelos ucranianos. “Acho que estamos a assistir a uma notável resistência da Ucrânia, tanto por parte das Forças Armadas, como dos civis, e o mundo uniu-se para pressionar a Rússia”, acrescentou.

“A Rússia está a sofrer. É uma potência isolada. É menos poderosa do que era há 10 dias”, garantiu o militar de 56 anos, afirmando ter visto “erros básicos ao nível da manutenção”, destacou e acrescentando ainda que a Rússia “não opera a esta escala desde a Segunda Guerra Mundial e é incrivelmente complexo e difícil.” O almirante de 56 anos garante ainda que a moral das tropas russas é baixa, e que isso tem sido importante para a Ucrânia.

No entanto, Radakin avisa para um possível escalar da violência na Ucrânia. “Creio que há um risco sério, porque a Rússia está a ter dificuldade em alcançar os objetivos – e vimo-lo na Síria e na Chechénia -, de aumentar a violência, o que levará a mais mortes indiscriminadas e mais destruição indiscriminada.”

A Guerra na Ucrânia já provocou mais de 1,5 milhões de refugiados, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), numa altura em que está em cima da mesa um corredor para civis que queiram escapar à guerra.

 

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