O “Movimento é Possível Impedir a Destruição”, criado por um grupo de cidadãos na sequência do anúncio pelo Governo Regional da Madeira de realizar um projeto de teleféricos na freguesia do Curral das Freiras, criticou o projeto após a participação na Consulta Pública da Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), nomeadamente no que diz respeito aos riscos ambientais e de segurança para aquela área territorial.
O movimento destaca “os agravados riscos ambientais inerentes àquele sistema de teleféricos, quer nos acessos à prevista «estação do Miradouro do Paredão», quer no acesso à Boca da Corrida”, apontando para prejuízos ambientais “muito significativos” com a construção de acessos rodoviários, estacionamento automóvel, passagem de transportes e o número de passageiros.
Além disso, a área onde o projeto se irá realizar constitui uma zona de proteção especial, zona especial de conservação e Laurissilva, ao nível da flora, vegetação e habitats, pelo que o movimento prevê que as intervenções daquela obra serão especialmente negativas devido ao “aumento de massa humana naquelas sensíveis localidades”.
No que diz respeito à segurança, o movimento o perigo inerente à própria implantação das estações para o sistema de teleféricos, e na área em questão, há o perigo acrescentado devido ao facto de a implantação da obra prevista “se efetuar sobre arribas instáveis e geologicamente delicadas”, agravando a instabilidade geológica da área e, consequentemente, os riscos para a segurança de pessoas e bens naquela área.
O “Movimento é Possível Impedir a Destruição” aponta para o perigo do deslizamento de pedras, numa área onde ocorrem desabamentos de blocos rochosos, o que também expõe ao perigo as populações do Curral das Freiras.
“Por diversos motivos, e destacando os agravamentos dos riscos ambientais e de segurança, o Movimento é Possível Impedir a Destruição vem manifestar publicamente razões fortes para travar aquele desastroso sistema de teleféricos que o Governo Regional da Madeira pretendeu implantar”, afirma o movimento em comunicado, garantindo que irá “continuará a dinamizar a petição e a respectiva recolha de assinaturas” contra a execução do projeto.
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