O mercado de sistemas de pagamento “Buy Now Pay Later” (BNPL) cresceu significativamente em 2021 e deverá atingir um valor de transações globais de 680 mil milhões de dólares até 2025. Os números constam do XI Relatório de Tendências de Meios de Pagamento da Minsait Payments, a filial de meios de pagamento da Minsait, que analisou a adoção desta modalidade alternativa de pagamento e financiamento.
No entanto, em Portugal, de acordo com os dados da Minsait, o conhecimento e a utilização deste método de pagamento caiu para 29% e 8%, respetivamente, em linha com os resultados de outros países europeus, como a Espanha e Itália.
O sistema BNPL é disponibilizado em retalhistas físicos e online e permite financiar as compras, sem cartão de crédito, com um número concreto de prestações. Esta opção ainda mostra baixos níveis de conhecimento e utilização na Europa, com exceção do Reino Unido, onde atinge 69% da população em termos de conhecimento, enquanto a sua utilização se estende a 29%.
“Apesar da rápida evolução desta alternativa de pagamento e financiamento, o modelo “Buy Now Pay Later” está ainda na sua infância no nosso país, pois, só 29% dos portugueses conhecem esta opção de pagamento e apenas 8% a usam”, revela o XI Relatório de Tendências de Meios de Pagamento da Minsait Payments.
O conceito de BNPL, que permite adiar ou parcelar o pagamento de um produto no momento da compra e sem juros, está a ser introduzido em vários sectores, como o Retalho e a Banca, que estão a posicionar-se para concorrer com os prestadores de serviços BNPL (Klarna, PayPal, AfterPay, etc.).
As Big Tech também estão a incorporá-lo na sua proposta de valor, como mostra o anúncio recente da funcionalidade Apple Pay Later.
“A concorrência em torno destes serviços BNPL está a intensificar-se. Cada vez mais, as grandes empresas de tecnologia, plataformas de comércio eletrónico e fintechs estão a incorporá-los na sua proposta de valor. É o caso da Apple, que anunciou recentemente a integração da nova funcionalidade Apple Pay Later na sua carteira digital, juntando-se a outras empresas como a PayPal e a Amazon USA, que permitem aos seus clientes fazer estes pagamentos flexíveis”, lê-se no comunicado.
A Minsait Payments diz ainda que a “diferenciação ainda limitada entre as empresas que prestam estes serviços, cujo modelo se baseia essencialmente na capacidade de parcelar os pagamentos por igual e na possibilidade de pagar mais tarde, está a levar muitas delas a tentar diferenciar-se entrando em novos sectores, como as viagens, seguros, cuidados de saúde ou comércio B2B”.
“Algumas estão a ir mais longe e começam a explorar a compatibilidade da tecnologia blockchain e das criptomoedas com o sistema BNPL”, acrescenta.
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