O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse esta quarta-feira, 29 de junho, aos líderes da NATO que o país precisa de mais armas avançadas e dinheiro para defender a ofensiva Rússia, alertando que as ambições de Moscovo a Rússia, alertando que as ambições de Moscovo não param na Ucrânia e que Putin procura uma nova “ordem mundial”, avança a “Reuters”.
“Esta não é uma guerra travada pela Rússia apenas contra a Ucrânia. Esta é uma guerra pelo direito de ditar as condições na Europa e como será a futura ordem mundial”, afirmou Zelenskiy num discurso por videoconferência durante a cimeira da NATO em Madrid.
O presidente ucraniano sublinhou que é “absolutamente necessário apoiar a Ucrânia com armas, dinheiro e sanções políticas contra a Rússia, o que impedirá a sua capacidade de pagar pela guerra”.
Zelenskiy referiu que a Ucrânia precisa de mais sistemas modernos de mísseis e defesa aérea para combater a artilharia russa. “Ao nos fornecerem sistemas de armamento mais moderno, podemos quebrar completamente as táticas da Rússia de destruir cidades e aterrorizar civis”.
Moscovo apelida as suas ações em território ucraniano como “operação militar especial”, cujo objetivo é desarmar o país e livrá-lo do que chama de “nacionalismo anti-russo fomentado pelo ocidente”. Já a Ucrânia e o ocidente apontam que a Rússia lançou uma guerra de agressão não provocada.
Zelenskiy também alertou que a Rússia não quer interromper a conquista de áreas no sul da Ucrânia e na região de Donbass, no leste, onde as batalhas mais intensas da guerra estão a ser travadas.
“Ele quer absorver cidade após cidade na Europa, que a liderança russa considera sua propriedade e não estados independentes. Esse é o objetivo real da Rússia”, disse Zelenskiy.
“A questão é: quem é o próximo alvo da Rússia? Moldávia? Estados Bálticos? Polónia? A resposta é: todos eles.”
O presidente ucraniano afirmou ainda que a NATO estava a adaptar uma nova estratégia de dez anos que era “antes de tudo uma estratégia para a segurança das suas sociedades e dos seus estados”, enquanto a Ucrânia sofria “mísseis de cruzeiro, tortura, assassinato de crianças e violações de mulheres”.
“O apoio financeiro à Ucrânia agora não é menos importante do que a ajuda com armas. Precisamos de cinco mil milhões de dólares por mês, isso é fundamental. É exatamente o que é necessário para a defesa, para a segurança”, concluiu.
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