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ACIF tem sustentabilidade como uma das prioridades para 2020

O presidente da ACIF defende que deve existir sustentabilidade, em vários níveis, como a financeira, ambiental, económica. Nesse capítulo Jorge Veiga França alerta que a região deve ser turisticamente sustentável, e que a oferta turística deve ser de um destino sustentável.
13 Fevereiro 2020, 07h45

A sustentabilidade será uma das apostas da Câmara do Comércio e Indústria da Madeira (ACIF). A instituição mostra-se agradada com a decisão de se criar um conselho consultivo para a economia em conjunto com entidades do setor.

“A ACIF gostaria de ter papel interventivo e activo neste conselho. Deixamos repto de ser um conselho estratégico. Que seja efectivamente estratégico para poder ser mais útil o trabalho de conjunto”, afirmou Jorge Veiga França, presidente da ACIF.

Relativamente ao seu mandato enquanto presidente da ACIF, Jorge Veiga França diz que “há muito que se tem que fazer” e quando se tem “muito por fazer fica-se sempre aquém daquilo que gostaríamos de ter feito”.

O presidente da ACIF contudo salienta que em 2020 a Câmara de Comércio e Indústria da Madeira vai dar atenção à sustentabilidade, em vários níveis, como a financeira, ambiental, económica. Nesse capítulo Jorge Veiga França alerta que a região deve ser turisticamente sustentável, e que a oferta turística deve ser de um destino sustentável, para além de uma aposta “mais consistente” na economia do mar.

“A sustentabilidade poderia ser atrativo para trazer empresas para a Madeira”, reforça.

O presidente da ACIF defende que a região autónoma “não pode permitir que se reduza os fundos comunitários”. Esses fundos devem levar em consideração as “verdadeiras necessidades” e dar “apoio estrutural” aos problemas que se tem numa região ultraperiférica como a Região Autónoma da Madeira.

Jorge Veiga França salienta que os pilares de desenvolvimento da região passam pelo turismo e pelo Centro Internacional de Negócios (CINM), ou vulga Zona Franca, e que no caso da Zona Franca esta é uma “infraestrutura básica necessária” para o desenvolvimento de outras atividades económicas.

O presidente da ACIF destaca ainda a aposta que a União Europeia tem feito em termos das estradas marítimas que entendem serem “importantes para o desenvolvimento salutar e económico mercado único europeu”, mas alerta que “nenhuma delas atravessa” as regiões ultraperiféricas (RUP) da união comunitária.

“A coesão económica e social tem de existir. Isso tem de transitar para nós”, reforça.

A dinamização de ‘club business angels’ é outra das propostas avançadas pelo presidente da ACIF.

Jorge Veiga França defende ainda que é preciso olhar para outras formas de financiamento e permitir que elas funcionem. “Temos dificuldade imensas que é a abertura conta bancária. O compliance está muito mais complicado. Tentamos atrair investimento estrangeiro. 12% do investimento estrangeiro que entrou em Portugal entrou via CINM. Tem de haver sensibilidade da autoridade tributária de também acção integrada com outras autoridade governamentais não aplicar cegamente multas e coimas a empresas que estão a iniciar a sua atividade e que passaram um x dias após a sua constituição sem dar inicio de actividade”, alerta.

“Não se pode dar início de atividade sem abertura de conta bancária. Estamos numa situação de pescadinha de rabo na boca. Tenho clientes a nível internacional com empresas de todo no mercado de Nova Iorque e e que estão a apanhar com coimas por não terem dado início de actividade, quando não o conseguem fazer porque não conseguem abrir conta bancária. E a coima dispara. O que dizemos aos investidores com uma situação destas?”, afirma o presidente da ACIF.

Conteúdo da Edição do Económico Madeira de 03 de janeiro.

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