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Relação entre Portugal e Brasil “é sempre excecional”, diz Marcelo Rebelo de Sousa

À chegada ao Palácio Itamaraty, em Brasília, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se por breves instantes à comunicação social. Questionado sobre o que esperava da reunião com Bolsonaro, respondeu: “São sempre boas, [a relação entre] Portugal e Brasil é sempre excecional”.
7 Setembro 2022, 09h28

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que a relação entre Portugal e o Brasil “é sempre excecional”, antes de um encontro com o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em Brasília.

À chegada ao Palácio Itamaraty, em Brasília, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se por breves instantes à comunicação social. Questionado sobre o que esperava da reunião com Bolsonaro, respondeu: “São sempre boas, [a relação entre] Portugal e Brasil é sempre excecional”.

O encontro entre os dois chefes de Estado, que estava marcado para as 18:30 locais (22:30 em Lisboa) começou com cerca de uma hora de atraso.

Jair Bolsonaro só chegou ao Palácio Itamaraty pelas 18:50 locais e antes de Marcelo Rebelo de Sousa recebeu os outros dois chefes de Estado de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) presentes em Brasília para estas comemorações do 7 de setembro, Umaro Sissoco Embaló, da Guiné-Bissau, e José Maria Neves, de Cabo Verde.

Estiveram também neste encontro bilateral, da parte portuguesa, o secretário de Estado da Cooperação e dos Negócios Estrangeiros, Francisco André, o chefe da Casa Militar do Presidente da República, o vice-almirante Luís Sousa Pereira, a secretária do Conselho de Estado, Rita Magalhães Collaço, e o embaixador de Portugal em Brasília, Luís Faro Ramos.

O Presidente do Brasil esteve acompanhado pelo seu ministro das Relações Exteriores, Carlos França, pelos secretários de Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha, e para a Europa, África e Oriente Médio, Kenneth Nobrega, e pelo embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro.

Em julho, Jair Bolsonaro cancelou um almoço para o qual tinha convidado Marcelo Rebelo de Sousa, em Brasília, decisão que tornou pública pela comunicação social e justificou com o facto de o Presidente português se reunir antes em São Paulo com o antigo chefe de Estado brasileiro Lula da Silva.

As comemorações do bicentenário da independência do Brasil acontecem quando está em curso a campanha oficial para as eleições presidenciais brasileiras de 02 de outubro, com uma eventual segunda volta em 30 de outubro, às quais são candidatos, entre outros, Jair Bolsonaro e Lula da Silva.

Augusto Santos Silva, a segunda figura do Estado português, estará igualmente em Brasília para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil, a convite do presidente do Senado Federal brasileiro, Rodrigo Pacheco.

Marcelo Rebelo de Sousa ficará no Brasil até sexta-feira, com passagem também pelo Rio de Janeiro.

O Presidente da República esteve no Brasil há dois meses, entre 02 e 04 de julho, para assinalar o centenário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, no Rio de Janeiro, e para a inauguração da Bienal do Livro de São Paulo, que teve Portugal como país homenageado.

O programa dessa visita iria terminar em Brasília, com um almoço com o Presidente do Brasil, que foi cancelado por Jair Bolsonaro.

Face à atitude do seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa começou por manter o seu programa, aguardando uma comunicação por escrito, e depois desistiu de ir a Brasília, mas sempre desdramatizando este episódio e o seu impacto nas relações bilaterais.

Ao mesmo tempo, deu como certo o seu regresso ao Brasil em setembro para as comemorações do bicentenário da independência: “O Senado já me convidou para eu ser o orador convidado. Mas vem comigo o presidente do parlamento português [Augusto Santos Silva], e virá comigo o Governo, para mostrar que os órgãos de soberania todos cá estarão nesse momento fundamental”, declarou na altura.

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