Recessão em todo o mundo e no Reino Unido, em particular, subida de taxa de juro do Banco de Inglaterra, queda dos preços imobiliários britânicos: o instituto monetário assume um “cenário sério, mas credível para verificar a resistência dos bancos britânicos”, refere o comunicado divulgado.
Mas o cenário dos “testes de stress”, cujo lançamento tinha sido adiado devido à invasão da Ucrânia pela Rússia e cujo resultado é esperado em 2023, parece menos improvável do que o habitual, dada a turbulência que a economia e os ativos britânicos atravessam.
O objetivo é antecipar os choques que podem forçar os bancos a terem de se proteger e evitar colapsos, como aconteceu durante a crise financeira de 2008.
Os oito maiores bancos do Reino Unido, que representam, segundo o Banco de Inglaterra, “75% dos empréstimos” britânicos, vão participar: Barclays, HSBC, Lloyds Banking Group, Nationwide, NatWest Group, Santander UK, Standard Chartered e Virgin Money UK.
O cenário foi divulgado numa altura em que as medidas anunciadas na sexta-feira pelo Governo britânico para contrariar a subida do custo de vida e relançar o crescimento, com vários apoios e um corte nos impostos, levaram a libra a cair para um mínimo histórico face ao dólar, ao negociar a 1,0350, enquanto os juros da dívida britânica atingem máximos de 2010.
O banco central inclui no cenário uma hipótese de as suas taxas subirem “brutalmente para 6% no início de 2023 antes de recuarem gradualmente”.
Alguns investidores esperam ainda que o Banco de Inglaterra realize uma reunião extraordinária esta semana para travar a queda da libra e apoiar a dívida britânica.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com