O Ministério do Ambiente e da Ação Climática acaba de emitir um comunicado oficial a estranhar as declarações do presidente da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, Eduardo Oliveira e Sousa.
“Neste momento, depois de ter havido a cheia que houve [no final de 2019], já não há águia suficiente na barragem [da Aguieira] para assegurar o abastecimento aos três setores de atividade que recebem água durante o próximo verão. Se não vier mais chuva, a água que está nas barragens não é suficiente”, disse hoje, dia 24 de janeiro, o presidente da CAP, em Montemor-o-Velho, em declarações aos jornalistas.
No entender de Eduardo Oliveira e Sousa, se não chover, vai faltar água no Mondego durante o próximo verão para a agricultura, abastecimento público e indústria.
Em reação oficial, o Ministério do Ambiente garante que “as cheias que atingiram o Baixo Mondego entre 19 a 22 de dezembro de 2019, apesar da recuperação dos diques que ruíram, deixaram mais frágil o Sistema Hidráulico do Baixo Mondego”, admitindo que, “assim, é necessário garantir que o caudal de 700 metros cúbicos/segundo não é ultrapassado na ponte do Açude em Coimbra”.
“Porque as afluências no Rio Ceira não são controláveis, a única forma de garantir que no caso de chuva intensa se consegue evitar a ocorrência de cheias é preservando a capacidade de encaixe nas albufeiras de Fronhas e Aguieira”, assinala o referido comunicado.
O ministério liderado por Pedro Matos Fernandes justifica ainda que “o facto de estas albufeiras terem níveis de água abaixo do normal para a época é intencional, e apresenta-se como a melhor medida de gestão para a segurança de pessoas e bens no Baixo Mondego”.
“Só com a conclusão das obras definitivas (Resolução do Conselho de Ministros sobre o Plano de Ação Mondego Mais Seguro), se poderão atingir as cotas normais nas referidas albufeiras”, garante o comunicado do Ministério do Ambiente.
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