O Novo Banco pediu a declaração de insolvência da empresa Totalpart, uma sociedade que gere outras unidades do grupo Moniz da Maia, avança o ‘Jornal de Notícias’ esta quarta-feira, 29 de janeiro. Este pedido tem como objetivo a recuperação de quase 375 milhões de euros, relativos a empréstimos concedidos em 2009 e 2011, ainda pelo BES.
A ação vai ser julgada no Tribunal de Comércio de Lisboa, mas como o património do grupo foi dissipado, apenas os terrenos detidos em Benavente devem ser recuperados. No pedido de insolvência da empresa, o banco invoca dívidas no total de 16,5 milhões de euros respetivos a um crédito concedido diretamente à empresa de Bernardo Moniz da Maia em 2009 e 358,3 milhões de euros relativos a um contrato de financiamento celebrados entre o BES e a Sogema Investments Limited, sociedade gestora de participações em negócios da família do empresário.
No maior contrato, a Totalpart autorizou uma livrança em branco subscrita pela Sogema e constitui penhor sobre ações de quatro empresas do mesmo grupo: perto de três milhões de ações da metalúrgica Mague, 2.100 ações da Yser Green Energy, 2.100 ações da Klón Innovative Techonologies From Cloning e 2.100 da Goodryser Forest Management.
De acordo com a publicação, a Sogema nunca cumpriu as obrigações de pagamento do capital e juros relativos ao contrato ‘Long Term Loan Agreement’, mas só em 2018 é que o Novo Banco remeteu uma carta à empresa a declarar o vencimento “de todas as obrigações emergentes do referido contrato”. Mais tarde, já em 2019, a entidade bancária liderada por António Ramalho executou penhora de um saldo de 3,4 milhões de euros, ficando um valor muito superior ainda por saldar.
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