O Banco Santander em Espanha reportou um resultado líquido de 6.515 milhões de euros em 2019, o que traduz uma queda de 17% face ao ano anterior. Mas mantém o dividendo de 0,23 euros por ação, o que está dentro do intervalo de pay-out ratio de 40% a 50%.
A queda dos lucros foi justificada pelo impacto pelos custos extraordinários com o banco no Reino Unido, onde foi forçado a separar a banca de retalho da banca de investimento por mudanças regulatórias. O que custo de cerca de 1.500 milhões ao banco espanhol nas contas consolidadas. Este custo foi parcialmente compensado pelas receitas da custódia de títulos que somou 693 milhões. Pelo que o resultado recorrente do banco seria de 8.252 milhões sem aqueles efeitos não recorrentes. O que traduziria uma subida de 2%. O crescimento da base de clientes na América explica esse aumento dos lucros core.
As mais-valias de 693 milhões de euros vieram do Caceis, o banco de custodia de titulos eque gestão de ativos o Santander criou com o Credit Agricole. Sendo que o banco francês tem 69,5% e o espanhol 30,5%.
Mas o banco presidido por Ana Botín registou custos não recorrentes de 1.481 milhões de euros no Reino Unido e custos de reestruturação de 864 milhões de euros, relacionados sobretudo com a integração do Popular.
Os custos subiram 2% para 23.280 milhões e a margem líquida ascendeu a 26.214 milhões também a crescer 2%.
As imparidades/provisões subiram 5% para 9.321 milhões de euros.
Olhando só para o quarto trimestre o lucro subiu 35% para 2.783 milhões.
O banco liderado por Ana Patrícia Botin viu o rácio de capital CET 1 subir 35 pontos base para 11,65%.
Em Espanha o banco teve um resultado de 1.585 milhões, a subir 2%, gracas a poupanças fruto da integração do Popular.
Já na Europa o resultado recorrente de 4.878 milhões de euros, 3% menos que em 2018.
Segundo a Lusa, o Santander Totta, em Portugal, contribuiu com 525 milhões de euros para o resultado líquido. “Em Portugal, o lucro ordinário aumentou 10%, para 525 milhões, graças a melhorias na eficiência e ao baixo custo do crédito”, afirma o grupo bancário espanhol.
O Santander também “reforçou a sua posição como o maior banco privado de Portugal”, com uma quota de mercado de cerca de 20% em empréstimos a empresas e hipotecas. Ainda em Portugal, os empréstimos caíram 1%, enquanto os depósitos aumentaram 6%. Os custos desceram 3%, devido à revisão e simplificação dos processos internos e à otimização da rede de sucursais, informa o Santander.
O banco liderado por Pedro Castro e Almeida apresenta resultados amanhã.
Os Estados Unidos deram mais 24% ao lucro consolidado, o México mais 19% e o Brasil deu mais 16%.
O Brasil continua a ser a operação que mais lucros aporta ao resultado consolidado (2.939 milhões ou 28%).
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