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Rui Rio diz que é urgente “inverter modelo de crescimento económico” socialista que conduziu à troika

No discurso de encerramento do 38.º Congresso Nacional do PSD, o líder social-democrata alertou que um Governo que evita fazer reformas estruturais “não está a preparar o futuro” e condena os cidadãos a uma “ambição poucochinha” que nunca atingirá aos padrões médios europeus.
JOSE COELHO/LUSA
9 Fevereiro 2020, 14h24

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, afirmou este domingo, no discurso de encerramento do 38.º Congresso Nacional do partido, que é urgente “inverter modelo de crescimento económico” socialista que conduziu à necessidade de ajuda financeira. O líder social-democrata considera que um Governo que evita fazer reformas estruturais “não está a preparar o futuro” e condena os cidadãos a uma “ambição poucochinha” que nunca atingirá aos padrões médios europeus.

“Um governo que não reforma e que se limita a gerir a conjuntura é um governo que não está a preparar o futuro. (…) Sem alterar o seu modelo económico e sem coragem para seguir uma política reformista, o país nunca chegará aos padrões médios da União Europeia. Dito de outra forma, com esta governação os portugueses podem ter alguma ambição, desde que ela seja poucochinha”, advertiu Rui Rio, no discurso de encerramento do 38.º Congresso Nacional do PSD, que decorreu em Viana do Castelo.

Rui Rio alertou que, com este Governo e com as alianças parlamentares existentes, o modelo económico “tem de ser comandado pela produção e não pelo consumo” e terá sido precisamente esse “o erro” que conduziu Portugal “à necessidade de ajuda financeira externa no passado recente”.

O líder social-democrata disse que “é cada vez mais estreita a diferença entre salário mínimo nacional e o salário médio”. “Com este Governo, os portugueses poderão ter aumentos salariais de 0,5% ou 0,7%, mas nunca terão os aumentos que os catapultem para os padrões de vida europeus”, afirmou Rui Rio. O mesmo acontece com a população empregada que, segundo Rui Rio, embora tenha aumentado, é cada vez mais mal paga.

Rui Rio referiu ainda que o aumento da carga fiscal para os contribuintes e para as empresas tem travado o crescimento económico do país. “Cobrar cada vez mais impostos para saciar a permanente vontade de crescimento da despesa pública corrente é marca estruturante da governação socialista, que o PCP e o Bloco de Esquerda acarinham e incentivam”, disse o presidente do PSD, indicando que o Governo e, particularmente, os seus aliados, estão “amarrados às conceções primárias da luta de classes, veem o capital como elemento explorador do trabalhador”.

Sobre o défice público, Rui Rio reconhece benefícios na “eliminação” prevista pelo Governo, mas sublinha que esta se baseia num “permanente aumento de impostos e de uma política de cativações levada ao extremo”. Segundo o presidente do PSD, este Governo têm-se limitado a “gerir a conjuntura”.

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