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Linha circular do Metro de Lisboa é um erro, defende bastonário dos Engenheiros

Quando o estudo de impacto ambiental da obra circular estava em consulta pública, em 2018, a Ordem dos Engenheiros foi uma das entidades que se insurgiu sobre o abandono da extensão até Alcântara e a construção de uma linha verde circular, cujo objetivo é ligar o Rato ao Cais do Sodré, criando as estações da Estrela e Santos.
11 Fevereiro 2020, 13h00

A Ordem dos Engenheiros, liderada pelo bastonário Carlos Mineiro Aires, assumiu à rádio TSF que a construção da linha circular do Metropolitano de Lisboa é um erro, algo que ficou declarado quando o projeto foi apresentado. O bastonário da Ordem dos Engenheiros, que foi presidente do Metro de Lisboa, assumiu ainda que a alteração para uma linha circular nunca foi analisada pelo Governo, desviando-se do plano inicial.

Quando o estudo de impacto ambiental da obra circular estava em consulta pública, em 2018, a Ordem dos Engenheiros foi uma das entidades que se insurgiu sobre o abandono da extensão até Alcântara e a construção de uma linha verde circular, cujo objetivo é ligar o Rato ao Cais do Sodré, criando as estações da Estrela e Santos.

“Eu próprio fui presidente do Metropolitano de Lisboa e foi uma surpresa esta opção de não estender a rede para o lado Ocidental da cidade. De todos os estudos nunca esta opção da linha circular esteve em cima da mesa”, referiu Carlos Mineiro Aires à TSF. O bastonário sustentou ainda que “desprezou-se o que antes tinha sido apresentado como a estratégia de desenvolvimento da rede”.

Carlos Mineiro Aires apontou que o estudo apresentava “pontos que deviam ter sido questionados e que mereciam ponderação”, sendo que a decisão do Parlamento em travar a construção desta nova linha peca por ser tardia, tendo tornado-se “num molho de brócolos, como o povo diz”.

O bastonário defende ainda que a linha circular também irá sobrelotar a estação metropolitana do Cais do Sodré, que atualmente já se encontra congestionada de afluência devido ao transbordo. Outro problema identificado pelo antigo presidente da empresa é o potenciamento do mercado de escritórios, além da construção da estação da Estrela, que deverá ser feita a 50 metros de profundidade.

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