Os CTT lançaram hoje em Madrid uma nova marca em Espanha, num investimento de 12 milhões de euros, com a ambição de crescer 70% em três anos e tornarem-se líderes do mercado transfronteiriço de correio expresso e de encomendas.
“Achamos que estamos muito abaixo da nossa quota de mercado natural em Espanha e não temos dúvida nenhuma que seremos líderes de mercado transfronteiriço [entre Portugal e Espanha]”, disse o presidente executivo dos CTT, João Bento, depois da apresentação da nova marca.
Segundo o responsável da empresa, os CTT em Portugal são líderes no negócio de correio expresso e de encomendas, enquanto em Espanha têm apenas uma quota de mercado de 3%.
“É no mercado transfronteiriço [correio que atravessa a fronteira] que estamos bem posicionados e aspiramos a ser líderes de mercado”, insistiu João Bento, explicando que a estratégia para os próximos anos passa por crescer no mercado espanhol, que é cerca de oito vezes maior do que o português neste subsetor.
O presidente executivo dos CTT vai mais longe e afirma que, “se tudo correr bem” na área do correio expresse e de encomendas, “daqui a alguns anos o volume de negócios em Espanha vai ser maior do que em Portugal”.
O grupo português tinha desde 2005 a empresa filial em Espanha Tourline Express que passou a sucursal em dezembro de 2019 e a partir de agora muda de nome para CTT Express e fica integrada na CTT Expresso portuguesa.
Segundo dados dos CTT, a nova empresa herda um volume de envios de mais de 30 milhões por ano e uma faturação anual ibérica de 125 milhões de euros no segmento expresso e encomendas.
O plano estratégico prevê um investimento de 12 milhões de euros em novas instalações, tecnologia de otimização de distribuição e na digitalização.
João Bento apresentou em Lisboa, na passada segunda-feira, o novo posicionamento da marca em Portugal, onde a empresa é o operador postal universal, apresentando-se como líder de mercado em correio e em distribuição de expresso e encomendas e desenvolve também atividades de serviços financeiros.
Os CTT tiveram a sua origem em 1520 e foram a empresa portuguesa pública de serviços de correio de referência até 2013, ano em que o Estado decide privatizá-la e cinco anos depois de, em 2008, os Estados-membros da União Europeia terem decidido liberalizar os serviços postais na Europa.
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