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Luxemburgo é o primeiro país a tornar os transportes públicos grátis

A medida entra em vigor já este sábado, 29 de fevereiro, e vai afetar 40% das famílias luxemburguesas numa poupança que pode chegar aos 100 euros por ano. Este é um pequeno passo para um plano maior de redução da congestão de tráfego no país e nas principais cidades. 
DR
29 Fevereiro 2020, 11h09

O Luxemburgo vai tornar-se o primeiro país a oferecer um sistema de transporte público gratuito, avança o “The Guardian”, sendo que esta é uma medida que o governo quer implementar para reduzir o trânsito constante nas estradas do país.

Algumas cidades, como Lisboa, Porto, Berlim e Viena, reduziram o preço dos passes que davam acesso a todos os transportes públicos. Em Lisboa e no Porto, o valor anual dos passes municipais fica nos 360 euros, ou 30 euros mensais. Já os passes metropolitanos atingem os 40 euros, ou 480 euros por ano. Mas a decisão do Luxemburgo passa por abolir, por completo, o pagamento da utilização dos transportes públicos.

O ministro dos transportes do Luxemburgo disse que algumas cidades europeias já tinham optado por medidas semelhantes, como o método do ‘modelo de Viena’, mas que o Luxemburgo se tornou o primeiro país a tomar uma decisão que fosse aplicada no seu todo, e não apenas em algumas cidades.

A medida entra em vigor já este sábado, 29 de fevereiro, e vai afetar 40% das famílias luxemburguesas numa poupança que pode chegar aos 100 euros por ano. Este é um pequeno passo para um plano maior de redução da congestão de tráfego no país e nas principais cidades.

De acordo com um estudo da TNS Ilres, os carros privados são um dos modelos de transporte mais adotados do país, sendo que em 2018 atingiam 71% das viagens de lazer e 47%de viagens de trabalho. Os autocarros, por exemplo, são utilizados em 32% das viagens de trabalho, seguindo-se os comboios com 19%. Um exemplo comparativo fornecido pelo “The Guardian” é que 69% dos trabalhadores de Paris utilizam os transportes públicos nas deslocações diárias para o trabalho.

Atualmente, as vendas dos bilhetes, cujo custo está fixado em dois euros, totalizam 41 milhões de euros por ano, o que representa 8% do orçamento anual de 500 milhões de euros. No entanto, é importante lembrar que a construção de linhas para a circulação de elétricos tem sofrido alguns entraves, e que grande parte do dinheiro tem sido alocado para esta construção.

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