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Economia italiana pode recuar 0,5% em 2020, alerta Moody’s

A agência de notação financeira vaticina que a economia transalpina continue em terreno negativo no primeiro trimestre de 2020, devido aos efeitos do coronavírus nas regiões mais afetadas do norte do país (Lombardia, Veneto e Emília-Romagna), que juntas representam 40% do PIB.
6 Março 2020, 17h48

A agência Moody’s previu esta sexta-feira que a economia italiana registe um retrocesso de 0,5% no conjunto de 2020 devido ao impacto do coronavírus na atividade produtiva e no turismo do país.

Num relatório com as previsões globais, a Moody’s afirma que a economia italiana já está “provavelmente em recessão” depois de sofrer uma contração de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2019, quando o país ainda não tinha sido atingido pelo surto de Covid-19.

A Moody’s vaticina que a economia transalpina continue em terreno negativo no primeiro trimestre de 2020, devido aos efeitos do coronavírus nas regiões mais afetadas do norte do país (Lombardia, Veneto e Emília-Romagna), que juntas representam 40% do PIB.

Se isso acontecer, a Itália, o país europeu mais atingido pelo coronavírus, estará em recessão técnica ao acumular dois trimestres a recuar.

A paralisação da atividade produtiva nestas regiões e as restrições ao movimento de pessoas “terão um impacto significativo no crescimento económico”, assinala o documento.

Além disso, a Moody’s considera que os efeitos no turismo, responsável por 13% do PIB italiano, possam continuar durante o verão e não apenas nos meses da primavera.

A crise do coronavírus está a prejudicar o turismo italiano e o setor já adiantou que entre 01 de março e 31 de maio espera receber menos 32 milhões de turistas, aproximadamente, o que representa perdas no valor de 7.400 milhões de euros.

No documento, a agência também adverte que o risco de uma recessão global aumentou e que o surto atinge a atividade económica, a procura e o consumo, podendo prejudicar severamente os resultados das empresas.

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