O barril de petróleo está hoje a negociar em terreno positivo depois da segunda-feira negra nos mercados internacionais, quando registou a sua mais descida diária desde a guerra do Golfo em 1991.
Os investidores receiam que o mercado fique inundado de petróleo depois da Rússia e da Arábia Saudita terem sinalizado que não pretendem abrandar a produção num mundo que deverá consumir menos crude devido ao abrandamento económico global que deverá acontecer em consequência do surto de coronavírus.
O preço do barril de Brent, a referência para Portugal, sobe 5,27% para 36,17 dólares. Já o preço de WTI ganha 5,75% para 32,92 euros.
A contribuir para esta recuperação estão as notícias vindas da China que indicam que o contágio do coronavírus está a abrandar na China, o segundo maior consumidor mundial de petróleo.
O presidente Xi Jinping visitou pela primeira vez a cidade de Wuhan, o epicentro do surto do coronavírus, localizada na província de Hubei. As autoridades estão a tentar que as pessoas regressem ao trabalho usando um sistema de monitorização através do telemóvel que vai permitir aos cidadãos deslocarem-se dentro da província de Hubei.
Os mercados de petróleo também esperam que haja um acordo na guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia, e que hajam cortes na produção norte-americana de petróleo de xisto, aponta a Reuters. No entanto, os analistas apontam que os cortes podem a não vir ser suficientes se o surto de coronavírus continuar a impactar a procura a nível global.
No espaço de uma semana, o Brent afundou 30,21%, enquanto o WTI desceu 29,89%. Só no último ano, a queda do Brent atinge os 45.09%, enquanto a desvalorização do WTI perde 45,82%.
Na segunda-feira de manhã, os mercados internacionais de petróleo estavam em colapso. O Brent, que é negociado em Londres e é referência para Portugal, chegou a tombar 20,50%, para 35,99 dólares. Já o WTI em Nova Iorque afundou 22,26%, para 32,09 dólares.
Os preços do petróleo afundaram nos mercados internacionais na segunda-feira depois dos países da OPEP+ não ter chegado a acordo sobre novas metas de produção devido ao surto mundial de coronavírus, que deverá provocar uma diminuição na oferta. A OPEP+ é constituída pelos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em conjunto com a Rússia.
A contribuir para a queda do petróleo está também o facto da Arábia Saudita ter anunciado um corte nos preços do barril de petróleo e ter decidido aumentar a sua produção em 10 milhões de barris por dia.
Na bolsa de Lisboa, a Galp fechou a sessão a recuar 16,52% para 9,58 euros na segunda-feira, mas segue a recuperar esta terça-feira com uma subida de 4,05% para 9,97 euros.
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