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Covid-19. Costa avisa que casos de infeção podem continuar a aumentar nos “próximos dias e semanas”

Portugal conta com 41 casos confirmados de contágio de coronavírus, face aos mais de mil casos registados em Espanha, Alemanha e de França e aos mais de nove mil em Itália.
10 Março 2020, 13h03

O primeiro-ministro adotou hoje uma postura cautelosa em relação ao desenvolvimento do número de casos de coronavírus em Portugal. Analisando os casos registados noutros países europeus, António Costa alertou que Portugal pode estar num patamar inferior de desenvolvimento do surto face a países como Itália, Espanha ou França.

“Se compararmos os números de casos já confirmados em Portugal, com o que temos em outros países europeus, nossos vizinhos, verificamos que o número é ainda muitíssimo inferior”, começou por afirmar esta terça-feira em conferência de imprensa.

“Isto pode ter vários tipos de explicação. Uma, seria positiva, que o facto de, ou por razões climáticas, ou por razões de menores contactos com os pontos de transmissão primária, termos efetivamente um menor risco epidemiológico”, destacou à saída da reunião de urgência que o Governo realizou esta terça-feira.

“Mas também pode significar que estamos simplesmente numa fase inicial de um processo em que outros estão mais avançados e nós ainda estamos numa fase inferior. Nesta hipótese, isto significaria que devemos prever um aumento dos casos de infeção ao longo dos próximos dias e semanas”, alertou o primeiro-ministro.

A China lidera o números de casos a nível global (80.924), seguida de Itália (9.172). Outros países europeus com bastantes casos são: França (1.412 casos), Alemanha (1.139), Espanha (1.024 casos), segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Portugal conta com 41 casos confirmados de contágio de coronavírus. No total, existem 375 casos suspeitos, com 83 a aguardarem resultado laboratorial. Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), um total de 667 cidadãos estão em contacto de vigilância pelas autoridades de saúde.

“Nesta incerteza, temos de nos preparar sempre para o pior cenário, desejando que aconteça o melhor cenário. Temos que ir continuando a ter uma vigilância muito grande, pelo menos, desde logo nos nossos próprios comportamentos”, sublinhou António Costa.

“Insisto, cada um de nós é o primeiro agente para travar o processo de contaminação”, afirmou, com o primeiro-ministro a repetir as recomendações emitidas pela Direção-Geral de Saúde (DGS), como “lavagem regular das mãos, evitar mexer com as mãos nas nossas caras” ou evitar “contactos sociais desnecessarios”, ou “cumprimentos muito efusivos”.

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