O ataque registado no Iraque é a primeira ação a causar mortes desde que as forças norte-americanas assassinaram o general iraniano Qasem Soleimani em janeiro passado. O incidente corre o risco de reabrir as tensões com o vizinho Irão.
Um total de 18 foguetes Katyusha atingiu a base de Taji, 30 quilómetros ao norte de Bagdá, segundo adianta um comunicado militar, que não especifica se os mortos são soldados ou contratados. No caso britânico, o falecido foi identificado como o cabo Brodie Gillon, de 26 anos.
O ataque também causou 14 feridos, dos quais seis se encontram em estado muito grave. As forças de segurança iraquianas encontraram o camião do qual as bombas teriam sido disparadas nas proximidades do complexo.
Este é o 22º ataque deste tipo contra a presença dos Estados Unidos no Iraque desde outubro. Na semana passada, várias bombas caíram perto da Embaixada norte-americana em Bagdá, dentro da Zona Verde. Nenhuma organização reivindicou os ataques mas o exército norte-americano culpa as milícias xiitas pró-iranianas.
Estes grupos prometeram vingar a morte de Soleimani, que completaria 63 anos ontem. Se o envolvimento for confirmado, os analistas temem uma nova escalada de tensão entre Teerão e Washington.
A escala da ação parece indicar que o Irão está novamente a sondar a resiliência dos Estados Unidos, cujo presidente Donald Trump disse que a morte de qualquer norte-americano, soldado ou pessoal auxiliar, provocaria uma resposta militar.
“Os responsáveis pelos ataques devem pagar por isso”, disse o secretário de Estado Mike Pompeo, tendo dito o mesmo o ministro das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab.
O general Kenneth MacKenzie, chefe do Comando Central (CENTCOM, de quem depende a operação no Iraque), também reforçou essa idéia. “Apesar de ainda estarmos a investigar, devo enfatizar que o grupo pró-iraniano Kataeb Hezbollah é o único que já realizou ataques deste nível contra as forças dos Estados Unidos e da coaligação no Iraque”, declarou perante uma comissão do Senado.
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