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A Covid-19 em Portugal segundo a Google: seis dados que ajudam a perceber como a nossa vida mudou no espaço de um mês

Menos pessoas nos locais públicos e lojas, mas mais pessoas em casa. O retrato de um país com as ruas desertas e com as casas cheias. Locais públicos e transportes com quebras de movimento a rondar os 80% devido à pandemia.
Reuters
3 Abril 2020, 09h15

O primeiro caso confirmado do novo coronavírus (Covid-19) em Portugal teve lugar a 2 de março. Passado mais de um mês, o país regista 9.034 casos confirmados com 209 vítimas mortais.

Além dos casos clínicos, as medidas tomadas como o encerramento de escolas, limitação de circulação e Estado de Emergência (EdE) tiveram grandes impactos na vida dos portugueses.

No seu primeiro relatório sobre mobilidade comunitária que abrange 131 países incluindo Portugal, a Google mostra com dados como é que a vida dos portugueses mudou radicalmente no espaço de um mês.

“O relatório usa dados agregados, anónimos para compilar tendências de movimentos ao longo do tempo por geografia”, de acordo com a Google. Estes dados dizem respeito ao período entre 16 de fevereiro e o dia 29 de março.

Nos espaços de retalho e lazer houve uma queda de 83%: esta rubrica demonstra as tendências de mobilidade para locais como restaurantes, cafés, centros comerciais, parques temáticos, museus, livrarias e cinemas.

Já o movimento nas mercearias e farmácias houve uma descida de 59%: esta rubrica inclui as tendências de mobilidade para locais como mercearias, mercados ou farmácias.

Nos locais como parques, jardins, parques nacionais, praias, marinas e parques para cães foi registada uma queda de 80% durante o período analisado.

Em termos de transportes, as estações de metropolitano, de autocarros e de comboios registaram uma queda de 78%.

Por sua vez, enquanto os locais de trabalho registaram uma queda de 53% em termos de mobilidade, as residências registaram um aumento de 22%, devido ao aumento de pessoas a trabalhar em regime de trabalho.

Comparando com Itália, um dos países mais fortemente atingidos pela pandemia, as visitas ao retalho e lazer caíram 94%, enquanto as deslocações para o local de trabalho desceram 63%. Já as deslocações à mercearia e às farmácias desdeu 85%, enquanto as visitas a parques caiu 90%, segundo dados avançados pela Reuters.

“Além de outros recursos que as autoridades de saúde possuem, esperamos que estes relatórios ajudem à tomada de decisões sobre como a pandemia da Covid-19 é gerida”, diz a Google.

“Por exemplo, esta informação pode ajudar as autoridades a compreender como as mudanças em viagens essenciais podem mudar recomendações sobre horários de negócios”, segundo a empresa.

“Visitas persistentes a centros de transportes podemm indicar a necessidade de acrescentar mais autocarros à oferta de forma a permitir que  as pessoas que precisam de viajar consigam manter o distanciamento social”, explica.

“Perceber as tendências de mobilidade em termos de destinos, pode ajudar as autoridades a desenhar regras para proteger a saúde pública e as necessidades essenciais das comunidades”, de acordo com a Google.

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