Crescem os sinais vindos de dentro do Governo que o Estado poderá avançar para a nacionalização da TAP perante a paragem forçada provocada pelo novo coronavírus.
Depois do ministro das Finanças já ter admitido esta hipótese, o primeiro-ministro também admitiu hoje a possibilidade de nacionalização da TAP reconhecendo que o “o setor da aviação civil sofreu de uma forma devastadora” a crise provocada pela pandemia da Covid-19.
“Obviamente que não podemos excluir a necessidade de nacionalizar a TAP, ou outra empresa que seja fundamental para o país e que não podemos correr o risco de perder no final desta crise”, disse António Costa esta terça-feira em entrevista à rádio Observador, destacando que o “Estado felizmente já é acionista” da TAP.
“Havia já alguma vontade de alguns acionistas em poderem alienar as suas posições. Os privados tinham manifestado já a sua possibilidade de alienar, estavam em conversações com outra companhia, mas foram suspensas”, destacou na entrevista.
“É uma empresa absolutamente estratégica para o país”, sublinhou o primeiro-ministro. “Quando tudo parou, muitos portugueses estavam isolados, até aqui em Marrocos, foi lá a TAP que os foi buscar; quando foi necessária montar uma ponte aérea para trazer da China equipamento de proteção individual, foi com a TAP que temos contado; quem é que tem assegurado a ligação entre o continente e as regiões autónomas? Tem sido a TAP”.
“Isto é uma crise de saúde que se está a transformar numa crise económica e não a poderemos deixar agravar sob pena desta crise sanitária ser muito mais profunda”, afirmou, argumentando a necessidade de sustentar empresas estratégicas para o país durante esta crise.
Nacionalização da TAP? “Há muitas formas de intervir, essa é uma delas”, diz Centeno
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