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Precisa de um medicamento urgente e a sua farmácia não tem? Ligue para a Linha SAFE

Chama-se SAFE 1400 e é uma linha telefónica gratuita que garante o acesso a medicamentos com aconselhamento farmacêutico 24 horas por dia. Só tem de ligar para o 1400 para fazer uma encomenda de um medicamento que necessita com urgência e a sua farmácia não tem. As chamadas são gratuitas e pode escolher a farmácia que preferir.
16 Abril 2020, 07h40

Comprar medicamentos durante a crise covid-19 pode revelar-se problemático não só porque a ordem é ficar em casa como também pode ser difícil encontrar um medicamento que lhe foi prescrito e de que necessita com urgência. Se precisa de um medicamento urgente e a sua farmácia não tem, pode saber onde encontrá-lo através da linha SAFE. No caso dos doentes crónicos, as receitas com validade de seis meses serão renovadas automaticamente.

“Os stocks de medicamentos eram já limitados antes da crise do novo coronavírus e, agora, a situação tende a agudizar-se”, salienta a Associação para a Defesa do Consumidor (DECO), recordando que numa altura em que a ordem é ficar em casa para prevenir a covid-19, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) disponibiliza um número gratuito (1400), através do qual é possível saber em que farmácia pode obter um medicamento que lhe foi prescrito e de que necessita com urgência.

Segundo a ANF, a linha SAFE (Serviço de Assistência Farmacêutica) já estava a funcionar, em projetos-piloto, no distrito de Bragança e nos concelhos de Loures e Odivelas, tendo sido recentemente alargada a todo o país.

A Linha SAFE encaminha o “utente para uma farmácia com capacidade de satisfazer a sua prescrição, podendo adquirir o medicamento no local ou no domicílio, estabelecendo deste modo uma relação à distância entre os utentes e a sua farmácia, promovendo também o planeamento na sua deslocação à farmácia”, explica a ANF.

A linha pode também ser usada para planear visitas à farmácia. Desta forma, garante-se a dispensa de medicamentos ao domicílio, em todo o país (Portugal e ilhas), com serviços próprios e em pareceria com as autarquias, IPSS e os CTT.

Depois de feita a encomenda, os medicamentos são enviados para casa. Além da entrega, a ANF garante que o utente será sempre esclarecido quanto aos benefícios, riscos e instruções a seguir para o bom uso dos fármacos.

Este serviço é sobretudo aconselhável para as pessoas que se encontram nos grupos de risco, nomeadamente os que pela sua idade ou condição de saúde devem evitar de qualquer saída à rua durante a pandemia de covid-19. Por isso, neste serviço, o centro de atendimento dá prioridade aos pedidos de doentes crónicos e pessoas com mais de 60 anos.

Renovação automática de receitas

Segundo a DECO, a obtenção de medicamentos por quem tem de os tomar habitualmente pode também ser um problema nos tempos que correm, dado que muitas consultas médicas estão a ser adiadas e nem sempre é fácil pedir as receitas. Para ultrapassar esta situação, recorda a associação, ”a Portaria 90-A/2020, publicada a 9 de abril, determina que as prescrições eletrónicas com validade de seis meses cujo prazo termine são renovadas automaticamente por igual período”.

A DECO explica que o mesmo acontece com receitas que incluam produtos dietéticos para doentes com erros congénitos do metabolismo, prescritos ao abrigo do Despacho n.º 25822/2005, recordando que estes distúrbios genéticos ocasionam falhas na síntese, degradação, armazenamento ou transporte de moléculas no organismo.

A renovação automática das prescrições eletrónicas com validade de seis meses abrangem ainda alimentos e suplementos alimentares prescritos a crianças com sequelas respiratórias, neurológicas e/ou alimentares decorrentes da prematuridade extrema. E também alguns anticoagulantes, como o dabigatrano etexilato e o edoxabano, bem como dispositivos médicos comparticipados destinados a tratamentos de longa duração, como os equipamentos usados por doentes ostomizados, por exemplo, para eliminar a urina ou as fezes.

Cuidado com as compras online

Numa altura em que todos são vivamente incentivados a permanecer em casa e as compras online se afiguram como opção mais acertada, o Infarmed e a Agência Europeia do Medicamento alertam os consumidores para não adquirirem fármacos em sites não autorizados a vendê-los, dado o risco de serem falsificados.

A DECO reforça o alerta ao sinalizar que estes fármacos adquiridos em sites não autorizados “podem não incluir substância ativa ou tê-la em quantidade desadequada, incluir um princípio ativo diferente do que anunciam ou, mesmo, substâncias tóxicas”, realçando que “os utentes arriscam piorar o seu problema de saúde e desenvolver outros”.

“Em alturas de incerteza, como a que estamos a viver, é comum surgirem oportunistas que tentam lucrar à custa dos mais incautos. Lembre-se de que, para já, não existe nenhum produto ou vacina para curar ou prevenir a covid-19 e não se deixe levar pelos que prometem acesso fácil a medicamentos que normalmente só são vendidos com prescrição médica”, conclui a DECO.

A DECO reforça a recomendação da autoridade para comprar medicamentos apenas em sites autorizados. Estes exibem um logótipo clicável que permite aceder ao site do Infarmed e verificar “se o estabelecimento está a funcionar de forma legal”.

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