A Moody’s anunciou hoje que passou a banca portuguesa de uma perspetiva (outlook) ‘estável’ para uma perspetiva ‘negativa’.
A agência de notação financeira alterou as perspetivas em nove sistemas bancários europeus devido à pandemia do coronavírus, alterando a perspetiva para negativa em cinco deles: Portugal, Noruega, Finlândia, Hungria e Eslováquia
“A mudança na perspetiva de estável para negativa dos sistemas bancários de Portugal, Noruega, Finlândia e Hungria reflete a nossa expetativa que todos os quatro países vão experienciar uma contração forte no crescimento económico. A rentabilidade dos bancos vai enfraquecer devido ao aumento das provisões para as perdas nos empréstimos e a redução do crescimento dos empréstimos”, analisa a Moody’s.
A agência destaca que a sua decisão reflete as “consequências da pandemia de coronavírus na Europa”, com a Moody’s a prever uma contração da economia europeia no primeiro e no segundo trimestre deste ano.
“Apesar das medidas de apoio orçamental e monetário deverem ajudar à recuperação com crescimentos acima do previsto para esta altura nos próximos trimestres e em 2021, a perda no segundo trimestre deste ano não deverá ser recuperada”, analisa a agência.
A Moody’s aponta que “neste cenário, os problemas dos bancos com empréstimos vão aumentar, e a suas provisões para as perdas nos empréstimos vão reduzir a rentabilidade”.
“A maioria da rentabilidade dos bancos europeus é já baixa relativamente aos bancos a nível global. Ainda assim, na maioria dos sistemas bancários, a liquidez é forte e os rácios de capital são substanciais, providenciando uma base sólida para absorver perdas inesperadas”, conclui a Moodys’.
No final de março, a Moody’s já tinha anunciado alterações na sua perspetiva para os 10 maiores sistemas bancários europeus, colocando seis em ‘outlook’ negativo: França, Itália, Espanha, Dinamarca, Holanda e Bélgica.
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