A Corum, sociedade gestora independente focada em soluções de investimento que gere ativos avaliados em mais de três mil milhões de euros, revelou nesta quarta-feira, 29 de abril, que distribuiu, relativamente às rendas recebidas em março e já com a quarentena a decorrer, 11,8 milhões de euros pelos mais de 40 mil acionistas com direito a dividendo.
Esta sociedade sinaliza que os fundos de investimento imobiliário Corum Origin e Corum XL, comercializados em Portugal, “dedicam-se em exclusivo a imóveis comerciais e pagam potenciais dividendos mensalmente”.
“O Corum XL paga um dividendo relativo a março de 1,05 euros por ação”, avança a sociedade, acrescentando, em comunicado, que o Corum XL tem mais de 15 mil subscritores e investe por todo o mundo.
“No ano passado registou 6,26% de rentabilidade anual e no total do ano pagou um dividendo médio mensal de 0,98 euros por ação. O valor de cada ação é de 189 euros, com todos os custos incluídos”, acrescenta.
Já o Corum Origin, diz, tem mais de 30 mil subscritores, registou uma rendibilidade anual de 6,25% no ano passado, e cada ação vale 1.090 euros, já com todos os custos incluídos, dando conta de que o dividendo a pagar este mês, relativo a março, ascende a 5,45 euros por ação e que o valor médio do dividendo pago em 2019 foi de 5,44 euros por ação (excluindo o dividendo extraordinário de dezembro).
José Gavino, diretor da Corum em Portugal reconhece que “o impacto económico da crise sanitária que afeta a Europa e o Mundo continua a ser incerto no entanto, os dividendos de março pagos pelos nossos fundos estão em linha com a remuneração distribuída no ano passado”. Este responsável mostra-se confiante com a estratégia de diversificação que a Corum tem seguido nos últimos anos que, na sua opinião, poderá contribuir para que esta crise “tenha um impacto relativamente ligeiro nos nossos fundos”.
A Corum tem imóveis em 16 países que albergam empresas de diversos setores de atividade, uma estratégia seguida há vários anos para acautelar períodos de desaceleração económica.
O diretor da Corum em Portugal explica ainda que “investimos exclusivamente em imóveis comerciais, que são arrendados a empresas escolhidas criteriosamente pela sua capacidade financeira”. Em causa estão, diz, empresas ligadas à economia real, de sectores como o retalho ou a saúde, entre outros, com contratos de longo prazo. “E é a equipa da Corum quem faz a gestão integral dos edifícios, o que nas últimas semanas resultou num importante passo para a defesa dos interesses dos investidores uma vez que permitiu uma gestão rápida e próxima dos arrendatários”, conclui.
Já no final de março, a Corum adquiriu sete edifícios em Espanha para o portefólio do fundo Corum Origin, arrendados à cadeia de hipermercados Family Cash, no valor de 33,7 milhões de euros e com uma rentabilidade de 7,12%.
O presidente da Corum, Frédéric Puzin, refere, por sua vez, que “hoje enfrentamos uma situação excecional e, mais do que nunca, temos de continuar a pensar no longo prazo, para além da pandemia”.
Por isso, conclui; “vamos ajudar os arrendatários mais afetados, adiando, se necessário, o pagamento das suas rendas. Isto vai permitir-lhes ultrapassar a atual conjuntura e retomar a atividade o mais rápido possível”.
Numa perspetiva de longo prazo, o presidente da Corum, revela que a sociedade está atenta “às oportunidades de mercado que se avizinham, como aconteceu, no mês passado, com a aquisição de uma cadeia de supermercados em Espanha”.
“Acreditamos que vamos encontrar bons investimentos para o portefólio dos nossos fundos, foi o que aconteceu em 2014, quando fizemos a nossa primeira aquisição em Portugal, na altura a recuperar da crise de 2011” conclui.
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