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ANTROP satisfeita com chegada de primeiros apoios às transportadoras rodoviárias de passageiros

Numa reunião com o secretário de Estado da Mobilidade, a associação das transportadoras rodoviárias de passageiros foi informada de que até amanhã, dia 14 de maio, será assinado o despacho conjunto que concretiza a disponibilização das verbas do PROTransP às Comunidades intermunicipais, que vão ajudar ao indispensável financiamento do transporte público.
13 Maio 2020, 17h32

A ANTROP – Associação Nacional de Transportes de Passageiros está satisfeita com a chegada dos primeiros apoios financeiros às transportadoras rodoviárias de passageiros em Portugal, que considera “indispensáveis à sobrevivência financeira do setor”.

“A ANTROP – Associação Nacional de Transportes de Passageiros congratula-se com a decisão do Governo de desbloquear as verbas prometidas ao setor e que são indispensáveis à sua sobrevivência, num momento particularmente difícil pelas limitações provocadas, primeiro pelo estado de emergência e mais recentemente pela
entrada do País em estado de calamidade, que tem levado a uma redução muito significativa da sua atividade”, sublinha um comunicado da ANTROP.

Durante uma reunião da direção da ANTROP com o secretário de Estado da Mobilidade, a associação das transportadoras rodoviárias de passageiros foi informada de que até amanhã, dia 14 de maio, será assinado o despacho conjunto que concretiza a disponibilização das verbas do PROTransP às Comunidades intermunicipais, que vão ajudar ao indispensável financiamento do transporte público.

“O Governo confirmou que as autarquias podem usar as verbas do transporte escolar para financiar empresas de transporte público (à semelhança do que se passou com as verbas do PART [Programa de Apoio à Redução Tarifária]) para que os operadores possam garantir transporte público para as populações que deles necessitam, em particular os estudantes que vão retomar as suas aulas presenciais já na próxima semana. Recorde-se que a Autoridade da Mobilidade e Transportes, regulador do setor, havia já dada essa indicação às autoridades de transporte, em nota emitida esta semana. Foi ainda salientada a importância dos municípios pagarem as verbas resultantes da venda de passes escolares para o mês de março”, adianta o referido comunicado da ANTROP.

A direção da ANTROP revela ainda que nessa reunião reforçou “a necessidade de o Governo reforçar o financiamento do transporte público, onde se começa a sentir a necessidade de aumentar a oferta face à cada vez maior procura de transportes pela população, designadamente, ainda nesta fase, nas áreas metropolitanas”.

“Este financiamento complementar justifica-se com o facto de a lotação dos veículos estar limitada a dois terços, pela necessidade de se manter o distanciamento social nos transportes públicos, situação que leva a que os serviços prestados pelos operadores sejam deficitários”, explica a direção da ANTROP.

No comunicado em questão, a ANTROP assume ainda que “fez sentir, igualmente, ao Governo a importância de serem alocadas aos transportadores rodoviários verbas das entidades públicas relativamente ao transporte fornecido a escolas, juntas de freguesia, câmaras municipais e outras entidades públicas, por forma a ajudar a reanimar um segmento de atividade muito importante para a sobrevivência das empresas e que se encontra completamente paralisado”.

“As empresas rodoviárias de transporte público, apesar das dificuldades sentidas desde meados de março, estiveram sempre disponíveis para encontrar soluções e alternativas para que o serviço de transporte nunca fosse interrompido. Desde o início da pandemia que os associados da ANTROP têm mantido o serviço público de transporte, com os horários e as frequências possíveis face às limitações financeiras existentes e cumprindo
as determinações da Direção-Geral da Saúde ao nível da segurança sanitária dos colaboradores e dos passageiros e a limitação da lotação dos veículos”, destaca o referido comunicado.

A ANTROP estima que o setor tenha perdido cerca de 60 milhões de euros de receitas por mês, em março e abril, como o Jornal Econónico avançou em primeira mão no passado dia 8 de maio, “com os prejuízos a rondarem os 20 milhões de euros por mês, devido à redução drástica da procura de transporte público rodoviário, em consequência do Covid-19”.

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