O IGCP- Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública pagou taxas negativas para colocar 1.750 milhões de euros em dívida a seis meses e um ano, num leilão duplo nesta quarta-feira que tinha o montante indicativo global entre 1.500 milhões de euros e 1.750 milhões de euros.
O Tesouro emitiu mil milhões de euros em dívida a um ano com uma taxa de alocação de -0,351%, que compara com os -0,101%, registados em março. Colocou ainda 750 milhões de euros em dívida a seis meses, tendo pago uma taxa de -0,411%, que compara com o -0,089%, conseguidos na colocação anterior.
Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa salientou que as taxas desceram nas duas maturidades, face aos leilões anteriores. “Os países da periferia e em particular Portugal, têm vindo a beneficiar dos planos de compra de ativos, bem como do alívio das condições dos mesmos por parte do Banco Central Europeu”.
Recordou que esta semana deverá haver haja uma versão final do acordo proposto entre a França e Alemanha, de um pacote de 500 mil milhões de euros para ajudar os países mais afetados, a recuperar da pandemia causada pelo Covid-19.
“Além das ajudas financeiras, Portugal tem sido bem visto internacionalmente pela forma como tem lidado com o vírus, e são estes fatores combinados que têm permitido dar mais confiança aos investidores e como consequência uma redução do prémio de risco de Portugal”, vincou Filipe Silva.
Em termos de procura, superou a oferta em 2,69 vezes na dívida a seis meses e em 3,02 vezes nas BT a um ano.
Em abril, Portugal tinha pago pela primeira vez ao fim de quatro anos uma taxa de juro positiva para emitir Bilhetes do Tesouro, colocando 840 milhões de euros em dívida a 11 meses com uma taxa média ponderada de 0,038%.
(Atualizada às 10h59)
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